Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia. Este liveblog vai ser arquivado, mas o Observador já abriu um novo para acompanhar os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia. Pode segui-lo aqui.

  • Ponto de situação. O que aconteceu durante o fim da tarde e noite?

    Num dia marcado pelo início das votações para os referendos de anexação à Rússia, o Presidente da Ucrânia mostrou-se confiante de que o mundo vai reagir com total justiça: “[os referendos] serão inequivocamente condenados”, garantiu Zelensky.

    Os Estados Unidos disseram estar a preparar-se para impor sanções económicas à Rússia em conjunto com os aliados ocidentais se Moscovo anexar partes do território ucraniano ocupado.

    • O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia anunciou que vai retirar a acreditação do embaixador do Irão e cortar o número de funcionários da embaixada no país. Kiev justificou a decisão com o uso da Rússia de drones iranianos, incluindo num ataque que provocou a morte de uma mulher no porto de Odessa.

    • O conselho de ministros finlandês disse que o país vai proibir a entrada de turistas russos no país, após o Presidente Putin ter assinado um decreto de mobilização parcial. O assunto foi discutido esta sexta-feira e o governo deverá apresentar uma decisão nos próximos dias, divulgou a emissora estatal Yle.

    • A Rússia está a planear aumentar os gastos militares em 43% para o próximo ano, noticia a Bloomberg, sendo um investimento muito maior do que o esperado no início da invasão à Ucrânia.

    • O presidente da câmara de Melitopol (região de Zaporíjia) considera que a Rússia está a “criar uma ilusão do voto”. Para isso trazem residentes da Rússia e da Crimeia para incentivar a população a votar, explicou Ivan Fedorov à Associated Press.

    • O secretário de Estado norte-americano esteve reunido com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi. O tema foi a guerra na Ucrânia e Anthony Blinken deixou um aviso: a China não deve apoiar a invasão russa.

    • Na fronteira da Geórgia com a Rússia formaram-se longas filas de carros. Imagens divulgadas pela Sky News mostram a situação na fronteira, dias depois do Presidente Putin ter anunciado uma mobilização parcial.

    • O Patriarca Kirril de Moscovo apelou a que russos “cumpram o seu dever militar”: “Se morrerem pelo país, estarão no Reino de Deus”, afirmou o líder da Igreja Russa Ortodoxa.

    • O G7 assumiu que “nunca irá reconhecer” os “referendos falsos” da Rússia nos territórios ocupados na Ucrânia.

    • Além das exceções já anunciadas à mobilização parcial, o ministro de Defesa da Rússia revelou que os trabalhadores especializados em tecnologias de informação, banqueiros e jornalistas que trabalhem para empresas estatais não serão convocados.

    • As tropas ucranianas disseram ter recuperado uma localidade na região de Donetsk, melhorando as suas posições na cidade de Bakhmut. Segundo Oleksii Hromov, chefe adjunto da direção principal de Operações do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, a vila de Yatskivka foi libertada.

    • Em Izium, já foram exumados 436 corpos, divulgou no Telegram Oleh Synyehubov, governador da região de Kharkiv. Denuncia que a maioria dos corpos apresenta sinais de uma morte violenta e 30 têm marcas de tortura.

    • O Presidente da Rússia foi “pressionado” a invadir a Ucrânia para substituir o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, por um “governo de pessoas decentes” defendeu o líder do Força Itália e antigo primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi.

    • Os Estados Unidos da América têm enviado avisos privados à Rússia sobre as consequências do uso de armas nucleares na Ucrânia, apurou o Washington Post.

  • O mundo reagirá com justiça aos referendos, diz Zelensky

    O Presidente da Ucrânia condenou os “referendos falsos” que começaram esta sexta-feira a decorrer em regiões ocupadas pelas forças russas. “O mundo reagirá com total justiça aos referendos fictícios, que serão inequivocamente condenados”, garantiu Volodymyr Zelensky.

    Em Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia o dia ficou marcado pelas votações para os referendos de adesão à Federação Russa. Começaram, entretanto, a surgir relatos de que a população está a ser forçada a votar.

    Porque é que os referendos pró-russos na Ucrânia são “falsos”

    No habitual discurso, Zelensky criticou ainda a mobilização “descontrolada” que a Rússia está a levar a cabo na Crimeia e partes da Ucrânia. “Estes não são apenas crimes contra a lei internacional e a lei ucraniana, mas são crimes contra pessoas específicas, contra a nação.”

  • EUA planeiam sancionar Rússia se anexar territórios da Ucrânia

    Os Estados Unidos estão a preparar-se para impor sanções económicas à Rússia em conjunto com os aliados ocidentais se Moscovo anexar partes do território ucraniano ocupado.

    Esta sexta-feira começaram as votações para os referendos de adesão à Federação Russa nos territórios de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia. Os Estados Unidos já disseram que não irão reconhecer os resultados.

    “Sabemos que esses referendos serão manipulados”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, segundo a Sky News.

  • Ucrânia vai reduzir funcionários da embaixada iraniana em Kiev

    O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia vai retirar a acreditação do embaixador do Irão e cortar o número de funcionários da embaixada no país, avança a Sky News. Kiev justificou a decisão com o uso da Rússia de drones iranianos, incluindo num ataque que provocou a morte de uma mulher no porto de Odessa.

    “Fornecer à Rússia armas para a guerra contra a Ucrânia é um ato hostil, um duro golpe nas relações ente a Ucrânia e Irão”, refere o ministério.

  • Finlândia vai fechar fronteiras aos turistas russos após mobilização parcial

    O conselho de ministros finlandês anunciou que o país vai proibir a entrada de turistas russos no país, após o Presidente Putin ter assinado um decreto de mobilização parcial. O assunto foi discutido esta sexta-feira e o governo deverá apresentar uma decisão nos próximos dias, avança a emissora estatal Yle.

    “O objetivo é reduzir significativamente o número de pessoas que chegam da Rússia à Finlândia”, disse o Presidente Sauli Niinistö. Niinistö. Refere que o governo deverá agir com rapidez neste assunto e apresentar em breve os detalhes da decisão.

    A restrição não se irá aplicar no caso de visitas relacionadas com relações familiares, estudos ou por razões humanitárias.

    Após o anúncio de mobilização na Rússia, milhares de cidadãos começaram a sair do país através da fronteira com a Finlândia, uma situação que se manteve ao longo desta sexta-feira, disse à Reuters um porta-voz da guarda fronteiriça finlandesa.

  • Rússia deverá aumentar os gastos militares em 43% para o próximo ano

    A Rússia está a planear aumentar os gastos militares em 43% para o próximo ano, noticia a Bloomberg, sendo um investimento muito maior do que o esperado no início da invasão à Ucrânia.

    As despesas com a Defesa devem aumentar, devido à mobilização parcial decretada pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

  • População forçada a votar nos referendos de adesão à Rússia, dizem autoridades ucranianas

    Os ucranianos que estão a viver em áreas ocupados pelas tropas russas estão a ser forçados a votar nos referendos de anexação à Rússia, afirmou Andriy Yusov, porta-voz dos serviços de informação.

    “Não há referendo assim. É intimidação. Os residentes locais estão a ignorá-lo. Mas algumas pessoas são simplesmente forçadas a votar”, disse à CNN.

    O presidente da câmara de Melitopol (região de Zaporíjia) considera que a Rússia está a “criar uma ilusão do voto”. Para isso trazem residentes da Rússia e da Crimeia para incentivar a população a votar, explicou Ivan Fedorov disse à Associated Press.

    Esta sexta-feira começaram as votações para os referendos de adesão à Federação Russa nos territórios de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia.

  • Blinken adverte China que não deve apoiar a invasão russa

    O secretário de Estado norte-americano teve hoje uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi. O tema foi a guerra na Ucrânia e Anthony Blinken deixou um aviso: a China não deve apoiar a invasão russa.

    Segundo o departamento de Estado dos EUA, citado pela Sky News, Blinken disse a Wang Yi que haveria consequências caso a China ou outro país decidam apoiar a invasão ou ajudar a contornar as sanções.

  • Ucrânia agradece à ONU e a vários países ajuda na troca de prisioneiros

    A Presidência da Ucrânia agradeceu hoje à comunidade internacional e às Nações Unidas o envolvimento no processo que permitiu a troca de prisioneiros com a Rússia, que permitiu a libertação de cidadãos ucranianos e estrangeiros.

    Durante um ‘briefing’ sobre a troca de prisioneiros entre a Ucrânia e a Rússia, Andriy Yermak, chefe do gabinete da Presidência ucraniana, salientou o “elevado número de negociações e consultas”, que envolveram várias organizações, como a ONU, e diversos países, em particular a Arábia Saudita e a Turquia.

    “Houve uma conversa telefónica entre o Presidente Zelensky e o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, na qual agradecemos a ajuda. (…) Registámos também a participação pessoal do Presidente turco, Recep Erdogan”, disse Yermak, que aproveitou para agradecer particularmente ao secretário-geral da ONU, António Guterres, a ajuda neste processo.

  • Filas de trânsito na fronteira da Rússia e Geórgia depois de anúncio da mobilização

    Na fronteira da Geórgia com a Rússia estão a formar-se longas filas de carros. Imagens divulgadas pela Sky News mostram a situação na fronteira, dias depois do Presidente Putin ter anunciado uma mobilização parcial. Um vídeo divulgado pelo The Guardian mostra um cenário semelhante.

    A decisão de mobilização – a primeira desde a Segunda Guerra Mundial – levou alguns russos em idade militar a deixar o país.

    Na fronteira da Rússia com a Finlândia a situação é semelhante. Um porta-voz da guarda fronteiriça finlandesa disse à Reuters que milhares de russos continuam esta sexta-feira a tentar deixar o país.

  • União Europeia denuncia “mentiras” da Rússia às Nações Unidas

    O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, aproveitou hoje o seu discurso perante a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) para denunciar as “mentiras” da Rússia sobre a Ucrânia e o efeito da guerra a nível mundial.

    O Kremlin está a conduzir uma guerra híbrida que combina violência armada com o veneno das mentiras”, disse Michel, que acusou Moscovo de usar todo tipo de falsidade para justificar a sua invasão.

    Assim, o presidente do Conselho Europeu insistiu que o governo russo se mobilizou contra um “inimigo invisível” que supostamente o ameaça, quando a realidade é que “ninguém ameaçou, atacou ou invadiu a Rússia” e “ninguém na Europa queria um conflito”.

  • Patriarca de Moscovo apela a que russos "cumpram o seu dever militar": "Se morrerem pelo país, estarão no Reino de Deus"

    O Patriarca Kirill de Moscovo apelou a que os russos “cumpram o seu dever militar” e que lutem “corajosamente”.

    Após o Presidente russo ter decretado a mobilização parcial, o líder da Igreja Russa Ortodoxa lembrou aos fiéis, num sermão do mosteiro Zachatyevsky, que se “morrerem” pela Rússia “estarão no Reino de Deus” acompanhados da sua “glória e vida eterna”.

    Segundo o Patriarca Kirill, uma pessoa torna-se “invencível” quando para de temer a morte. “É o medo da morte que leva um guerreiro ao campo de batalha, que leva o fraco a cometer traição e coloca um irmão contra outro irmão”, disse.

  • G7 "nunca irá reconhecer" referendos nos territórios ocupados

    O G7 disse hoje que “nunca irá reconhecer” os “referendos falsos” da Rússia nos territórios ocupados na Ucrânia, avança a AFP.

    Começaram esta sexta-feira as votações para os referendos de adesão à Federação Russa nos territórios de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia. Os primeiros resultados deverão ser conhecidos a 28 de setembro, segundo a imprensa local.

  • Ministro da Defesa russo apresenta exceções à mobilização parcial

    Além das exceções já anunciadas à mobilização parcial, o ministro de Defesa da Rússia revelou que os trabalhadores especializados em tecnologias de informação, banqueiros e jornalistas que trabalhem para empresas estatais não serão convocados.

    Quem vai vai ser mobilizado para combater na Ucrânia e quem escapa à guerra? O que já se sabe

    Alguns setores tiveram de ser excluídos para “garantir o trabalho de indústrias de alta tecnologia específicas, bem como o sistema financeiro russo”, disse Sergei Shoigu, citado pela BBC. O ministro referiu que os empregadores devem organizar e enviar uma lista dos trabalhadores que estejam abrangidos pelos critérios que isentam a convocatória.

    Com a mobilização parcial decretada pelo Presidente russo, 300 mil reservistas serão chamados. A medida gerou protestos em várias cidades do país e pelo menos mil pessoas foram detidas no dia do anúncio.

  • Ucrânia: “Referendos não serão reconhecidos por ninguém”, diz Portugal

    O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), João Gomes Cravinho, considerou hoje “completamente ilegais” os referendos que a Rússia está a realizar para anexação dos territórios ucranianos ocupados, prevendo que “não serão reconhecidos por ninguém”.

    “Naturalmente, estes referendos são completamente ilegais e não serão reconhecidos por ninguém. A Rússia já levou a cabo este tipo de estratégia em outros contextos, nomeadamente na Geórgia, mas não haverá nenhum tipo de reconhecimento internacional”, disse Cravinho a jornalistas em Nova Iorque, à margem da 77.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU).

    “Portanto, a ideia de que a partir do momento em que fazem estes falsos referendos, passemos a falar de território russo na Ucrânia, essa é uma ideia que não tem qualquer cabimento e, portanto, não justificará qualquer atitude nova por parte da Rússia”, avaliou.

  • Ucrânia diz ter recuperado localidade em Donetsk

    As tropas ucranianas disseram ter recuperado uma localidade na região de Donetsk, melhorando as suas posições na cidade de Bakhmut, avança o The Guardian.

    Segundo Oleksii Hromov, chefe adjunto da direção principal de Operações do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, a vila de Yatskivka foi libertada.

    Durante um briefing em Kiev, Hromov disse ainda que a situação em Bakhmut é “difícil, mas está sob controlo”.

  • Procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional pediu para falar com Lavrov

    Karim Khan, procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI) garantiu que a instituição vai continua a investigar as alegações de crimes de guerra cometidas pelos russos na Ucrânia. Em entrevista à CNN, disse que escreveu à Rússia para pedir uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, mas até agora não recebeu uma resposta.

    “A verdade é a verdade. As várias partes podem fazer as suas próprias declarações, mas eu estive em Bucha … eu vi os corpos”, afirmou Khan, que já esteve na Ucrânia três vezes.

    Esta sexta-feira, o presidente da Comissão independente da ONU revelou que foram encontradas provas de crimes de guerra, execuções, tortura e violações por parte dos russos. No mesmo dia, o governador da região de Kharkiv avançou que já foram exumados 436 corpos em Izium, onde as autoridades ucranianas descobriraram um cemitério em massa.

  • Mobilização na Rússia. Antigo primeiro-ministro russo acredita que Vladimir Putin vai começar a perder muitos apoiantes

    “A guerra agora toca a todos”, disse Mikhail Kasyanov, primeiro-ministro da Rússia entre 2000 e 2004, e isso, considerou, levará a que alguns apoiantes de Vladimir Putin lhe virem as costas.

    Mobilização na Rússia. Antigo primeiro-ministro russo acredita que Vladimir Putin vai começar a perder muitos apoiantes

  • Portugal pede à China que use influência para demover Putin de retórica nuclear

    O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), João Gomes Cravinho, disse hoje que pediu à China que utilize a sua influência para demover o Presidente russo, Vladimir Putin, da retórica sobre a utilização de armas de destruição maciça.

    Em declarações à imprensa portuguesa em Nova Iorque, onde participou na 77.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), Cravinho indicou que usou o seu encontro de quarta-feira com o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, para abordar a invasão russa da Ucrânia.

    “Sim, falámos da guerra. Muito em particular, aquilo que eu sublinhei ao meu colega chinês foi que, embora possamos ter ideias diferentes sobre a natureza da guerra, era fundamental que a China utilizasse a sua influência para explicar ao Presidente Putin que a retórica sobre a utilização de armas de destruição maciça é absolutamente inaceitável, descabida e que era fundamental que se eliminasse do vocabulário do Presidente russo”, disse o MNE português.

1 de 2