O combate ao incêndio de Mangualde, que foi dominado esta madrugada e reativou durante a tarde, está a evoluir favoravelmente, disse o presidente da autarquia, João Azevedo.

O incêndio reativou e ficou com três frentes ativas, sendo que “a de Mangualde está a ceder aos meios”, referiu à agência Lusa, cerca das 22:15. Segundo o autarca, “as duas outras frentes estão do lado de Gouveia”, no distrito da Guarda, mas “as coisas estão muito mais tranquilas”. “Espero que seja este o momento de viragem”, frisou.

Lusa

A circulação ferroviária da Beira Baixa entre Barca de Amieira (Mação) e Fratel (Vila Velha de Ródão), interrompida devido a focos de incêndio junto à linha, foi retomada cerca das 22h00, constatou a Lusa no local.

Ao retomar a marcha em direção a Castelo Branco, o comboio seguiu em marcha lenta durante os cerca de 400 metros de linha cuja travessas foram afetadas, sendo visível ainda focos de fogo no mato junto à via férrea, como observou um jornalista da Lusa que seguia no comboio. Um trabalhador ferroviário disse à Lusa no local que só foi possível retomar a marcha depois de terem sido verificadas todas as travessas afetadas e de ser garantida a segurança da circulação.

Fonte da CP disse à Lusa que a empresa disponibilizou autocarros vindos de Torres Novas para transportarem os passageiros que queiram, podendo ser usados estes veículos ou o comboio. Ainda segundo a IP, este foi nesta noite de sexta-feira o único trajeto ferroviário suspenso devido a incêndios no país.

Lusa

A linha ferroviária da Beira Baixa entre Barca de Amieira e Fratel, no distrito de Santarém, está esta noite cortada devido a vários focos de incêndio, disse à agência Lusa fonte da Infraestruturas de Portugal (IP).

De acordo com a mesma fonte, a linha foi cortada à 18h50, após ter sido dado o alarme quando se verificou que os fogos estavam a atingir as travessas de madeira da linha. “Ainda não há uma previsão de quando será reaberta”, acrescentou a mesma fonte.

Os bombeiros locais estão a combater os focos de incêndio ao longo da linha e, quando forem extintos, a IP fará uma verificação para ser retomada a circulação dos comboios de forma segura. Ainda segundo a IP, este é esta noite o único trajeto ferroviário suspenso devido a incêndios no país.

Lusa

A Unidade Militar de Emergência espanhola que auxiliou no combate aos incêndios no centro do país foi desmobilizada pelas 15h desta sexta-feira, avançou a adjunta nacional de operações, Patrícia Gaspar.

Finalizada su misión en #Mação ???????? los efectivos del #BIEM1 y #BIEM2 inician el regreso a sus bases. #BIEM4 y #BIEM5 permanecen en #Nisa ???????? pic.twitter.com/ZXE9PwaWUv

— UME (@UMEgob) July 28, 2017

Todos os distritos de Portugal continental estão durante o fim-de-semana em alerta laranja, à exceção de Porto, Viana do Castelo e Braga que mantêm o alerta amarelo, confirmou a adjunta nacional da Proteção Civil, Patrícia Gaspar.

“Há previsões meteorológicas de calor e vento forte” que justificam “máxima vigilância e máxima resposta”, confirmou Patrícia Gaspar.

A GNR anunciou a detenção de um jovem, de 16 anos, por suspeita da prática do crime de incêndio florestal, na freguesia de Fortios, no concelho de Portalegre.

Em comunicado, o Destacamento Territorial de Portalegre da GNR explica que o jovem, detido na quinta-feira, é suspeito de ter ateado um fogo em que ardeu cerca de 1,5 hectares de floresta, junto aldeia de Fortios.

O jovem foi internado compulsivamente num centro de acolhimento de menores, por decisão do tribunal a que foi presente esta sexta-feira.

Lusa

O incêndio de Mangualde é o único que neste momento escapa ao controlo das autoridades. Pelas 19h00, as três frentes de incêndio mobilizavam, pelas 19h00, 253 operacionais, 70 veículos e 7 meios aéreos.

O incêndio já tinha sido dominado, mas teve uma reativação durante o dia sobretudo causada pelas condições meteorológicas que se fazem sentir na região, confirmou a adjunta nacional de operações da Proteção Civil, Patrícia Gaspar.

A EN 232 está encerrada nos dois sentidos devido ao incêndio em Contenças de Baixo, Mangualde, no distrito de Viseu.

Em alternativa, siga no sentido de Póvoa de Cervães e Vila Mendo.

Três frentes ardem em Mangualde, e após um reacendimento, ainda sem controlo no distrito de Viseu em Cinfães e Vila Nova de Paiva, com cerca de 253 operacionais, 70 viaturas e 7 meios aéreos.

Um grupo de militares com três viaturas está a caminho de Proença-a-Nova para patrulhar a área de floresta não ardida, após um pedido do município.

“Foi solicitado um grupo ao Exército para patrulhar a área de floresta não ardida. A resposta foi afirmativa e espero receber os militares, um grupo com três viaturas, no dia de hoje”, disse à Lusa o presidente deste município do distrito de Castelo Branco, João Lobo.

O autarca adiantou que o incêndio que deflagrou na tarde de domingo no concelho da Sertã (distrito de Castelo Branco) e se alastrou a Proença-a-Nova, bem como ao concelho de Mação (distrito de Santarém), está em fase de resolução. “Hoje já tivemos dois reacendimentos que foram rapidamente tratados. As equipas e grupos mantêm-se no terreno”, explicou.

O autarca sublinhou ainda que as equipas do município já estão no terreno a fazer o levantamento dos prejuízos, trabalho que espera ficar concluído ao fim do dia de hoje.

Lusa

Uma nova frente de incêndio no concelho de Avis, em Portalegre, mobiliza pelas 16h50 cerca de 26 operacionais e 7 viaturas, de acordo com a página da Proteção Civil.

O fogo lavra numa zona de mato.

Os bombeiros queixam-se de falta de qualidade e quantidade nas refeições que recebem durante o combate aos incêndios e os comandantes não esquecem que a rotatividade de equipas não está a ser cumprida, apesar das garantias da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), de que tudo está a correr com normalidade.

Fernando Curto, da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais garante, em entrevista à SIC Notícas que “ultimamente o que tem acontecido, portanto, é sempre uma situação diferente para pior: na quantidade, na qualidade da comida. Os bombeiros não querem carne xispêteó, querem comida devidamente preparada e devidamente, enfim, em tempo útil para satisfazer as necessidades deles”.

No teatro de operações deveria de haver uma maior celeridade e uma maior organização na rendição das equipas e muitos comandantes queixam-se: depois de três horas numa frente de fogo, só super-homens, não há super-homens, os bombeiros não são super-homens e têm de ser rendidos”, garante.

No briefing das 19h00 de quinta-feira, a adjunta nacional de operações da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, garantiu que “os meios que estão no local estão a ser substituídos de 24 em 24 horas” e que “o apoio logístico está a funcionar, a alimentação está a chegar”.

As duas frentes de incêndio que lavram há três dias no concelho de Nisa, em Portalegre, foram dadas como dominadas pelas 13h55 desta sexta-feira, de acordo com a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

O foco de incêndio das Portas do Ródão que mais preocupava as autoridades, e mobilizava 252 operacionais, 73 viaturas e 8 meios aéreos. O alerta foi dado na freguesia de Santana na terça-feira e motivou a implementação do Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil.

Um outro foco, em Albarrol e Amieira do Tejo, também foi dominado esta tarde por 445 operacionais, 118 viaturas e 8 meios aéreos, depois de na noite passada ter obrigado à evacuação de três aldeias e ao corte das estradas que dão acesso à vila de Nisa.

Ferraria de São João, localidade de Penela que foi afetada pelo incêndio de Pedrógão Grande, já começou a cortar eucaliptos na aldeia e, em outubro, deve começar a fazer a reflorestação na zona de proteção da povoação. A pequena aldeia de xisto do concelho de Penela decidiu no final de junho, após o incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, avançar com uma zona de proteção contra incêndios de cerca de 100 metros em redor da localidade.

A Presidente da Câmara de Nisa, Idalina Trindade, disse, esta sexta-feira, que caso as condições climatéricas se mantenham as frentes do incêndio em Nisa deverão estar dominadas. “É essa a perspetiva.”

Sem um balanço final ainda, a autarca assegurou que não há casas ardidas e que há dois bombeiros feridos.

Até ao 12h00 desta sexta-feira o incêndio de Nisa era o único ativo no continente, mas ao 12h10 deflagrou um novo incêndio em Fortios, próximo de Portalegre que se mantém ativo. No local estão para já 34 operacionais, apoiados por nove viaturas terrestres e um meio aéreo, de acordo com o site da Proteção Civil.

256 militares do Exército e um helicóptero Aloutte III da Força Aérea (com três tripulantes) estão a colaborar na vigilância, patrulhamento e rescaldo dos incêndios que têm afetado o país nos últimos dias, informou Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), esta sexta-feira, em comunicado.

Na nota, o EMGFA indica que há quatro destacamentos de engenharia (máquinas de rasto) na região de Albarroal e dois pelotões e um Grupo de Comando na região de Gavião, no concelho de Nisa, distrito de Portalegre. No distrito de Castelo Branco, estão também seis pelotões e um grupo de comando na região da Sertã, dois pelotões na região de Vale do Coelheiro e três equipas de vigilância e patrulhamento na região de Proença-a-Nova. Existem também cinco equipas de vigilância e patrulhamento na região de Mangualde, no distrito de Viseu.

No combate a estes fogos estão também 113 militares espanhóis.

A Presidente da Câmara Municipal de Nisa, Idalina Trindade, disse esta manhã à RTP que as pessoas das três aldeias evacuadas em Nisa — Monte Claro, Salaveza e Falagueira — , por causa do incêndio, já começaram a regressar a casa, com o apoio do autocarro do município e com apoio psicológico.

Mais de 50 concelhos de dez distritos do continente estão esta sexta-feira em risco “máximo” de incêndio, incluindo os de Nisa que está a ser afectada por dois fogos e que mobiliza mais de 600 operacionais. De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), várias dezenas de concelhos nos distritos de Castelo Branco, Faro, Portalegre, Santarém, Coimbra, Leiria, Guarda, Vila Real, Viseu e Bragança estão esta sexta-feira em risco “máximo” de incêndio.

Além destes em risco “máximo” de incêndio, o IPMA colocou também em risco “muito elevado” e “elevado” vários concelhos dos 18 distritos de Portugal continental.

Lusa