Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Encerramos aqui este liveblogue. Pode ficar a saber tudo o que aconteceu durante a entrevista de Jair Bolsonaro à TV Globo neste especial. Obrigado por nos ter acompanhado.

    A pandemia, a credibilidade dos resultados eleitorais e a economia. Jair Bolsonaro jogou à defesa na primeira entrevista da campanha

  • Terminou a entrevista de Jair Bolsonaro ao Jornal Nacional da TV Globo. Em breve, poderá ler no Observador um texto mais pormenorizado com os principais destaques da entrevista.

  • Bolsonaro termina entrevista com garantia de que fez os possíveis para que brasileiros não sofressem impacto da pandemia, seca e guerra

    No final da entrevista, Bolsonaro teve direito a um minuto para falar livremente aos brasileiros.

    Nesse minuto, afirmou que assumiu a presidência do Brasil “numa situação crítica”, mas garantiu que fez “muitas reformas”.

    “Infelizmente”, acrescentou, veio a Covid-19, a seca e a guerra na Ucrânia.

    Ainda assim, “fizemos tudo o possível para que a população brasileira sofresse o menos possível”.

  • Bolsonaro desvaloriza escândalos como ministros. "As pessoas se revelam quando chegam"

    Jair Bolsonaro é questionado sobre os escândalos que envolveram o seu governo, nomeadamente as várias trocas de ministro da Educação devido a uma sucessão de casos.

    Responde apenas que “as pessoas se revelam quando chegam”.

    “Atualmente temos um excelente ministro da educação”, diz. “Acontece.”

  • Bolsonaro questionado sobre avanços e recuos no posicionamento no espectro político — e diz que não falar com "centrão" seria ser "ditador"

    Já na reta final da entrevista, Bolsonaro é questionado sobre como pretende chegar aos eleitores que se sentem traídos pela sua aproximação ao “centrão”, o termo usado para descrever os partidos de centro.

    “Você está me estimulando a ser ditador”, responde o presidente brasileiro, salientando que os partidos de centro representam 300 dos mais de 500 deputados do Congresso — pelo que é preciso negociar com esses partidos.

    “Os partidos de centro fazem parte da base do governo para que possamos avançar com reformas”, diz Bolsonaro.

    O presidente brasileiro é questionado sobre onde se situa no espectro político: antes disse que nunca fez nem faria parte do centrão; depois, afirmou que sempre foi do centrão. Mas recusa responder e empurra com a barriga, dizendo que o que é importante para si é ter um governo sem corrupção.

  • Bolsonaro recusa críticas sobre a sua política ambiental e lembra que Europa está a recuperar energias fósseis

    O presidente brasileiro é agora questionado sobre a sua política ambiental, que rompeu com vários compromissos ambientais que o Brasil tinha antes da sua eleição em 2018.

    Em resposta, contrapõe com o modo como a Europa está a lidar com a guerra na Ucrânia, recuperando o recurso a combustíveis fósseis.

    “O Brasil não merece ser atacado dessa forma”, diz, apresentando números que mostram como o Brasil preserva dois terços das suas áreas verdes.

    “Eu vou tentar mudar” a imagem do Brasil no que toca a política ambiental.

  • Bolsonaro desvia atenção de crise ambiental na Amazónia e pergunta porque não se fala de incêndios na Europa

    Jair Bolsonaro é questionado sobre a sua política florestal na Amazónia, sobre os incêndios e sobre o aumento do processo de desflorestação na mais importante floresta do mundo.

    O presidente brasileiro desvia as atenções e pergunta porque não se fala de França, Espanha, Portugal ou Califórnia, onde há incêndios graves com frequência. “Grande parte é criminoso. Grande parte não é criminoso”, diz.

    “A Amazónia é do tamanho da Europa ocidental”, argumenta Bolsonaro, dizendo que não é fácil fiscalizar a região.

  • "As promessas foram frustradas pela pandemia, por uma seca enorme que tivemos no ano passado e também pelo conflito da Ucrânia com a Rússia"

    Bolsonaro é questionado sobre a situação económica do país e sobre as promessas que ficaram por cumprir no último mandato.

    “As promessas foram frustradas pela pandemia, por uma seca enorme que tivemos no ano passado e também pelo conflito da Ucrânia com a Rússia”, diz.

    Ainda assim, Bolsonaro elogia a economia brasileira em comparação com o resto do mundo. “O Brasil vai ter uma inflação menor que a Inglaterra ou os EUA”, diz. “A taxa de desemprego tem caído no Brasil”, acrescenta.

    “Os números da economia são fantásticos tendo em conta o resto do mundo”, afirma, dizendo que se assumiria responsável caso a situação no Brasil fosse única e não houvesse a conjuntura internacional.

  • Bolsonaro insiste: "Fizemos a nossa parte" na pandemia

    Bolsonaro insiste que o seu governo fez a sua parte no combate à pandemia. “Fizemos a nossa parte”, reitera, rejeitando também quaisquer responsabilidade no caos que se gerou na região de Manaus devido aos abastecimentos de oxigénio nos hospitais.

    O presidente brasileiro desvia também quaisquer responsabilidade de si próprio, afirmando que houve “desvios” de dinheiro enviado a governadores que não foram investigados.

    Questionado sobre se o facto de ter imitado doentes com falta de ar e de ter feito pouco da doença lhe custará um julgamento pela história, Bolsonaro recusa abordar o assunto e diz que não fez nada de errado.

  • Bolsonaro rejeita responsabilidades na pandemia: "Comprámos mais de 500 milhões de doses de vacina. Só não se vacinou quem não quis"

    Bolsonaro é agora questionado sobre o modo como lidou com a pandemia, sobretudo sobre a desvalorização da vacina, mas rejeita as acusações. “Comprámos mais de 500 milhões de doses de vacina. Só não se vacinou quem não quis”, diz.

    O presidente brasileiro insiste, ainda assim, que ainda hoje são desconhecidos os “efeitos nocivos” da vacina e criticou a Pfizer por não ter apresentado todos os efeitos secundários. Questionado sobre porque é que disse que quem se vacinaria poderia virar “jacaré”, diz que foi só “figura de linguagem”.

    “A primeira vacina do mundo foi dada em dezembro de 2020. Em janeiro no Brasil já estávamos vacinando”, disse.

    Bolsonaro diz também que os confinamentos “atrapalharam a economia” e que muitos países do mundo estão hoje a chegar a conclusões semelhantes.

  • Vai respeitar resultados eleitorais? "Desde que as eleições sejam limpas e transparentes"

    O tema da desconfiança de Bolsonaro em relação ao sistema eleitoral brasileiro e às urnas eletrónicas continua a dominar a entrevista — e Bolsonaro não consegue dizer de modo taxativo que vai respeitar os resultados.

    Questionado diretamente se vai respeitar o resultado eleitoral, responde “seja qual for”, mas acrescenta que “as eleições limpas têm de ser respeitadas” e lança dúvidas sobre se as eleições brasileiras são limpas ou não — lembrando novamente auditorias anteriores relativas a 2014.

    Perante nova pergunta sobre se consegue admitir que vai respeitar os resultados eleitorais, dado que atualmente o sistema eleitoral brasileiro está totalmente funcional, Bolsonaro repete: “Desde que as eleições sejam limpas e transparentes.”

  • Bolsonaro recusa já ter "xingado ministros". Diz que só insultou um

    O jornalista William Bonner confronta Bolsonaro com o facto de ter chamado “canalha” a um ministro — acusação que Bolsonaro tinha acabado de classificar como “fake news”.

    Para Bolsonaro, a falsidade era apenas o plural: só “xingou” um ministro, não mais do que um.

  • Bolsonaro sobre ataques ao sistema eleitoral: "Eu quero é transparência nas eleições"

    A primeira pergunta para Bolsonaro é sobre os ataques que o presidente brasileiro tem feito ao sistema eleitoral do país e aos magistrados da justiça eleitoral brasileira. O jornalista pergunta a Bolsonaro se pretende que se criem as condições para um golpe de estado.

    Bolsonaro responde atacando o jornalista e dizendo-lhe que não está a dizer a verdade quando fala em “xingar ministros”. “É uma fake news da sua parte. Eu quero é transparência nas eleições”, diz Bolsonaro.

    “Se você pode botar uma tranca a mais na sua casa para evitar que seja assaltada, você vai fazer ou não?”, diz ainda, recordando auditorias anteriores que apontam no sentido de as urnas eleitorais serem impossíveis de auditar.

    Bolsonaro alonga-se depois em detalhes de investigações às eleições de 2018, nas quais foi apurado que houve piratas informáticos a aceder ao sistema do tribunal eleitoral.

  • Começa agora o Jornal Nacional da TV Globo, com a entrevista a Jair Bolsonaro.

  • Quatro entrevistas em direto na TV Globo durante esta semana

    A entrevista desta segunda-feira será conduzida pelos jornalistas brasileiros William Bonner e Renata Vasconcellos — e será a primeira de uma série de quatro que vão para o ar durante esta semana:

    • Jair Bolsonaro (PL) – segunda-feira
    • Ciro Gomes (PDT) – terça-feira
    • Lula da Silva (PT) – quinta-feira
    • Simone Tebet (MDB) – sexta-feira

  • Bolsonaro partilha fotografia antes da entrevista

    A poucos minutos de entrar em direto na TV Globo, Jair Bolsonaro partilhou uma fotografia sua no Twitter. “Daqui a pouco, às 20:30, estarei ao vivo no Jornal Nacional. Nos vemos lá!”, escreveu Bolsonaro, mostrando-se sorridente enquanto aguarda pela hora da entrevista.

  • Falta pouco mais de um mês para as eleições e o regressado Lula da Silva lidera as sondagens

    As eleições presidenciais brasileiras deste ano estão agendadas para o dia 2 de outubro. À semelhança do sistema eleitoral português, no caso de nenhum dos candidatos conseguir obter mais de 50% dos votos, haverá lugar a uma segunda volta entre os dois mais votados no dia 30 de outubro.

    Jair Bolsonaro, atual presidente do Brasil, é recandidato pelo Partido Liberal (PL), numas eleições que ficam marcadas pelo regresso de Lula da Silva, antigo presidente brasileiro entre 2003 e 2011, depois de ter estado preso durante quase dois anos, entre 2018 e 2019, na sequência de uma condenação no processo Lava Jato (posteriormente anulada pelo Supremo Tribunal Federal).

    Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, é atualmente o candidato mais bem colocado para a vitória eleitoral, de acordo com as sondagens.

    Ciro Gomes, antigo ministro de Lula da Silva, é candidato pelo Partido Democrático Trabalhista, surgindo em terceiro lugar nas sondagens e assumindo-se como uma alternativa de centro-esquerda ao PT na oposição da Bolsonaro. A senadora Simone Tebet, que se candidata pelo Movimento Democrático Brasileiro, surge em quarto lugar nas sondagens.

  • Bolsonaro, presidente desde 2019, é o primeiro entrevistado de uma semana intensa. Como chegou até aqui?

    Militar aposentado, Jair Bolsonaro está na vida política brasileira desde a década de 1980, altura em que foi eleito vereador na câmara do Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão. Depois, já em 1990, Bolsonaro foi eleito deputado do Congresso Nacional, onde se manteve durante quase três décadas.

    Durante os seus vários mandatos como congressista, Bolsonaro tornou-se conhecido pelas suas ideias radicais de direita, incluindo a condenação dos direitos LGBT e a defesa de vários aspetos da ditadura militar. Assumindo-se sempre como um cristão católico conservador, Bolsonaro foi amplamente classificado como um populista de extrema-direita — e as suas ideias reputadas frequentemente como discurso de ódio.

    Em 2018, num mundo global já marcado pela presidência de Donald Trump nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro candidatou-se à presidência brasileira pelo Partido Social Liberal (PSL), vencendo na segunda volta contra Fernando Haddad (PT) com 55,1% dos votos — e assumindo a presidência brasileira em 1 de janeiro de 2019.

    A presidência de Jair Bolsonaro ficou marcada por múltiplas polémicas, incluindo a defesa de uma política pró-armas, o discurso contra os direitos dos indígenas e contra a defesa do ambiente na Amazónia, entre outras. Mais recentemente, a forma como Bolsonaro lidou com a pandemia da Covid-19, negando a gravidade da doença, promovendo o uso de medicamentos sem validade científica e desvalorizando a vacinação, tornou-o num dos mais polémicos líderes mundiais.

    Pelo meio, Jair Bolsonaro abandonou o PSL, partido pelo qual foi eleito, e criou o partido Aliança pelo Brasil, uma organização de extrema-direita que nunca se chegou a converter efetivamente em partido, por falta de assinaturas. Já em 2021, depois do fracasso do seu projeto partidário, Jair Bolsonaro filiou-se no Partido Liberal (PL), de direita, que constitui atualmente a maior base de apoio de Bolsonaro. É pelo PL que Bolsonaro se recandidata agora à presidência.

    A entrevista de Jair Bolsonaro ao Jornal Nacional da Globo é a primeira de uma ronda de entrevistas que aquele canal vai realizar durante esta semana com vários candidatos presidenciais — e é também a que mais polémica gerou.

    Inicialmente, houve grandes dúvidas sobre se Bolsonaro participaria ou não na ronda de entrevistas. A Globo revelou inicialmente que o gabinete de Bolsonaro tinha recusado realizar a entrevista nos estúdios do Jornal Nacional, no Rio de Janeiro, pedindo antes que a entrevista acontecesse em Brasília — algo que a televisão recusou, o que lançou dúvidas sobre se Bolsonaro seria ou não entrevistado.

    Posteriormente, o gabinete de Bolsonaro anunciou que o presidente aceitaria ser entrevistado nos estúdios da TV Globo.

    Em 2018, durante a campanha eleitoral para as presidenciais daquele ano, Jair Bolsonaro participou presencialmente na entrevista no Jornal Nacional antes da primeira volta das eleições. Na segunda volta, contudo, a entrevista foi realizada à distância: Bolsonaro tinha sido atacado com uma faca e estava a recuperar da lesão; Haddad também foi entrevistado à distância.

    Atualmente, Jair Bolsonaro está em segundo lugar nas sondagens. Dados do Instituto Datafolha do final da semana passada apontavam para a liderança de Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores), com 47% das intenções de voto, e para o segundo lugar de Bolsonaro, com 32%. Em terceiro lugar, Ciro Gomes (Partido Democrático Trabalhista) reúne 7% das intenções de voto e Simone Tebet (Movimento Democrático Brasileiro) apenas 2%.

  • Boa noite.

    O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, vai dar esta noite uma entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo.

    É a primeira de uma série de entrevistas aos candidatos presidenciais brasileiros, que estão agendadas para esta semana no principal noticiário televisivo daquele país.

    A entrevista está agendada para as 20h30, hora do Rio de Janeiro, quando forem 00h30 em Lisboa.

    O Observador vai acompanhar aqui os principais destaques desta entrevista.

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