Histórico de atualizações
  • Quais as novas datas possíveis para as alegações finais?

    As sessões desta quarta e quinta-feira foram canceladas, mas a presidente do coletivo de juízes, Maria Clara Santos, apontou duas datas possíveis para retomar o julgamento:

    • 9 de maio, caso o teste PCR ao juiz António Centeno tenha um resultado negativo;
    • 11 de maio, caso o teste PCR tenha um resultado positivo. Neste cenário — o mais provável dado que o juiz apresenta já alguns sintomas —, o magistrado terá de ficar em isolamento até dia 10 de maio e por isso só retoma ao trabalho no dia seguinte.

    Certo é que as alegações finais começam assim na próxima semana, embora sem data ainda definida. Este liveblog fica por aqui. Obrigada por nos ter acompanhado.

  • Advogados compreensivos com adiamento: "Temos de nos adaptar a esta situação"

    À saída do tribunal, os advogados foram prestando declarações aos jornalistas e mostram-se compreensivos pela situação — um deles, Ricardo Sá Fernandes, que representa a família de uma das vítimas.

    Questionado pelo Observador se defende que o tribunal poderia ter avisado os intervenientes do processo na terça-feira, quando o juiz testou positivo — evitando assim a deslocação de dezenas de advogados —, Sá Fernandes preferiu não se “pronunciar sobre isso”, argumentando não ter conhecimento de quando é que os juízes “souberam” do teste positivo. “O facto é este: há Covid. Temos de nos adaptar a esta situação. Encaro isto com normalidade. A Covid ainda não acabou“, rematou.

  • Julgamento de Pedrógão Grande. Alegações adiadas após teste positivo à Covid-19 de juiz adjunto

    O juiz adjunto António Centeno testou positivo à Covid-19, ontem, terça-feira, e por isso o tribunal decidiu adiar as sessões marcadas para esta quarta e quinta-feira. As alegações finais ficam assim, para já, adiadas.

    A sessão desta quarta-feira estava marcada para as 9h30, mas já perto das 10h00, a presidente do coletivo de juízes e a juíza adjunta entraram na sala de audiências para informar do sucedido, já depois de todos os advogados e arguidos estarem na sala de audiências. “Dão-se sem efeito as sessões designadas para hoje e amanhã, 5 de maio. Por enquanto, mantém-se a sessão marcada para o próximo dia 9 de maio para salvaguardar a possibilidade de o teste PCR ter resultado negativo”, disse a juíza Maria Clara Baptista na sala de audiência.

    O juiz António Centeno aguarda agora o resultado do teste de PCR, encontrando-se já com sintomas, nomeadamente febre. A juíza adiantou ainda que, uma vez que o magistrado teste positivo no PCR, terá de ficar em isolamento até dia 10 de maio. Neste caso, o julgamento é retomado no dia 11 de maio.

  • Quem são os 11 arguidos?

    Na lista de arguidos que estão a ser julgadas e que enfrentam uma possível condenação, há 11 pessoas:

    • Dois responsáveis da EDP acusados de não terem acautelado a criação das faixas de limpeza junto a uma linha de média tensão — que teve uma descarga elétrica de causa não apurada que desencadeou o incêndio;
    • Cinco autarcas: três da Câmara de Pedrógão Grande, entre eles o próprio presidente Valdemar Alves que está acusado de sete crimes de homicídio por negligência e quatro de ofensa à integridade física — dois deles graves. Mas também autarcas de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, a quem são apontadas falhas na limpeza dos terrenos junto a estradas;
    • Três responsáveis da concessionária Ascendi Pinhal Interior acusados também de falta de manutenção das estradas;
    • O comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, António Arnaut, que terá omitido informações que poderiam ter levado ao corte da Estrada Nacional 236 onde morreram 47 pessoas.

    Terão falhado na limpeza de terrenos e impedido o corte da EN 236-1. De quem é a culpa da tragédia de Pedrógão Grande?

  • Alegações Ministério Público Público deverão durar o dia todo

    Bom dia!

    O Observador está no Tribunal de Leiria para acompanhar o início das alegações finais do caso dos homicídios provocados pelos grandes incêndios de Pedrógão Grande, em 2017. Depois de 52 sessões em que se ouviram dezenas de testemunhas, a presidente do coletivo de juízes, Maria Clara Santos, marcou as alegações do Ministério Público para esta quarta-feira, com início às 9h30.

    A procuradora da República Ana Mexia, que está em exclusividade neste processo, terá o dia todo para apresentar as suas conclusões e, no final, apelar ao tribunal que condene ou não os arguidos e a que penas. Já na quinta-feira, 5 de maio, estão previstas as alegações dos advogados dos assistentes do processo e, nas sessões seguintes, alegam as defesas dos arguidos.

    O julgamento, que entra assim numa fase final, já decorre há quase um ano: a sessão de arranque foi no dia 24 de maio de 2021 — altura em que já tinham passado quase cinco anos desde os incêndios. No entanto, a leitura do acórdão só é marcada depois das alegações — e caso nenhum arguido queira prestar mais declarações ou os próprios juízes queiram ouvir alguma testemunha ou perito para esclarecer qualquer dúvida.

    Sete arguidos em silêncio e 50 pessoas numa sala. Um início atribulado do julgamento do “tsunami” de Pedrógão Grande

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