Se chegou agora ao nosso liveblog, fica aqui um resumo do que se passou durante a tarde e noite deste 48.º dia de guerra. Acompanhe aqui tudo o que se passa ao longo do dia.

• O Presidente ucraniano denunciou “centenas de casos de violações” registados em áreas que estiveram sob ocupação do exército russo, “incluindo meninas menores de idade e crianças muito pequenas”. Num discurso perante o parlamento lituano, deixou também um alerta de que a Ucrânia é “apenas o início” do expansionismo russo. Próximos alvos podem ser a Lituânia, “a Moldávia, a Geórgia, a Polónia e outros Estados da Ásia Central”.
• O Serviço de Segurança da Ucrânia capturou o político pró-Rússia Viktor Medvedchuk. Horas depois, Volodymyr Zelensky sugeriu que Moscovo entregue os ucranianos detidos na Rússia, em troca de Medvedchuk.
• A Rússia parece estar a aumentar a presença militar junto à fronteira com a Finlândia, noticiou a Bloomberg, no seguimento de o país (juntamente com a Suécia) ter anunciado que deverá entrar na NATO.
• O presidente norte-americano, Joe Biden, apelidou, pela primeira vez, a invasão russa de “genocídio”.
• O governo ucraniano fez um novo balanço sobre as baixas no exército russo. De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, desde o início da guerra já morreram 19.600 soldados.
• O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o massacre de Bucha, alegadamente perpetrado pelas tropas russas na região de Kiev, é uma falsificação que comparou a acusações contra o homólogo e aliado sírio, Bashar al-Assad.
• O comentário de Putin surge no mesmo dia em que é divulgado um novo balanço das autoridades da região de Kiev, ainda é provisório. Estima-se que pelo menos dez menores estejam entre as 400 vítimas do massacre em Bucha.
• Mykhailo Podolyak, membro da delegação ucraniana que tem reunido com Moscovo para negociar o fim da invasão russa à Ucrânia, disse que, apesar de difíceis, as negociações com a Rússia continuam. O comentário surgiu depois de Putin ter dito que as negociações estão num “beco sem saída”.
• Pavlo Kyrylenko, governador da região de Donetsk, adiantou que dados preliminares apontam para a morte de cerca de 22 mil pessoas na cidade portuária de Mariupol desde o início da guerra.

O Presidente da Ucrânia sugeriu hoje uma forma de Moscovo conseguir ter acesso ao político pró-Rússia Viktor Medvedchuk, capturado pelas forças ucranianas.

Na sua mensagem de vídeo diária, Volodymyr Zelensky propõe que o Kremlin entregue os ucranianos detidos na Rússia, em troca de Medvedchuk.

“É importante que as nossas forças de segurança e militares considerem essa possibilidade”, afirmou.

Medvedchuk tem laços estreitos de amizade com o Presidente russo, Vladimir Putin, que é o padrinho da sua filha.

Antigo presidente dos EUA volta a dizer que “imprudência” de Putin “não era antecipável há oito ou dez anos”, apesar de este ter estado sempre “envolto numa ideia distorcida de nacionalismo étnico”.

Obama volta a falar de Putin: “Sempre foi cruel com o seu povo, assim como com os outros”

A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ, na sigla em inglês) assumiu, esta terça-feira, a sua preocupação perante os relatos não confirmados do uso deste tipo de armamento na cidade de Mariupol.

Citado pela Al Jazeera, um porta-voz da organização assumiu que a OPAQ está a motorizar a situação em toda a Ucrânia, com especial enfoque em instalações industriais.

O presidente norte-americano falou esta terça-feira sobre o aumento dos preços do combustível e apelidou, pela primeira vez, a invasão russa de “genocídio”.

“O vosso orçamento familiar, a vossa capacidade de atestar o depósito não deve depender de um ditador declarar guerra e cometer genocídio”, disse Joe Biden.

Joe Biden acusou Putin de ser um “criminoso de guerra”. “Temos de continuar a fornecer à Ucrânia as armas de que eles precisam para continuar”, acrescentou.

Em conferência no Iowa, Biden falou ainda sobre o que está a acontecer em Bucha e sublinhou que é necessário obter detalhes sobre os ataques russos na Ucrânia para que possa existir “um julgamento sobre crimes de guerra”.

Viktor Medvedchuck, político próximo de Putin, terá sido capturado pelo Serviço de Segurança da Ucrânia. A mesma entidade partilhou uma fotografia do político pró-russo no Twitter, indicando que este estava vestido com um uniforme ucraniano na altura da detenção.

“Pode até usar um uniforme militar ucraniano para camuflar. Mas isso vai ajudá-lo a escapar de ser punido?”, escreveu o Serviço de Segurança da Ucrânia.

Ти можеш бути проросійським політиком і роками працювати на державу-агресора. Ти можеш ховатися від правосуддя останнім часом. Можеш навіть одягнути українську військову форму для маскування… Але чи допоможе тобі це втекти від покарання? Аж ніяк! Кайдани чекають на тебе.

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— СБ України (@ServiceSsu) April 12, 2022

São histórias repetidas pela Ucrânia e também por organizações internacionais e media. As violações por forças russas são cada vez mais comuns. Entre as vítimas há grávidas, crianças e idosos.

Histórias de horror. Acumulam-se relatos de violações na Ucrânia, com crianças, grávidas e idosas entre as vítimas

O porta-voz do Kremlin, Dmitriy Peskov, questionou a veracidade das notícias provenientes da Ucrânia sobre a detenção de Viktor Medvedchuck, político próximo de Putin e cujo partido foi suspenso por Zelensky.

“Não consigo garantir a veracidade da informação. Estão a ser criadas muitas fake news”, declarou, citado pelo canal de Telegram do Ukraine Now.

Boris Johnson e Joe Biden falaram esta terça-feira sobre a atual situação na Ucrânia, numa tentativa de perceberem como é que o Reino Unido e os Estados Unidos podem acelerar a ajuda à Ucrânia. De acordo com o comunicado de Downing Street, as medidas passam por apoio militar e económico.

Boris referiu que é necessário “um compromisso a longo-prazo com a Ucrânia por parte da comunidade internacional”.

Tanto Biden como Boris concordaram em “continuar os esforços conjuntos para aumentar a pressão económica a Putin e acabar com a dependência ocidental do petróleo e gás russos”.

Cerca de 400 civis foram enterrados desde o início da guerra na Ucrânia em Severodonetsk, leste do país, onde o exército russo está a desencadear uma ofensiva, indicou hoje Serguii Gaidai, governador ucraniano da região de Lugansk.

“Durante 48 dias de guerra, houve cerca de 400 enterros”, disse o representante na plataforma Telegram, sem indicar as causas das mortes, mas esclarecendo que foram enterrados em “caixões individuais”.

O Serviço de Segurança da Ucrânia capturou o político pró-Rússia Viktor Medvedchuk, cujo partido – Plataforma de Oposição pela Vida – foi suspenso por Zelensky.

“Operação especial foi realizada com sucesso graças ao Serviço de Segurança da Ucrânia. Bom trabalho! Mais detalhes depois. Glória à Ucrânia”, escreveu o líder ucraniano no Instagram.

Medvedchuk tem laços estreitos de amizade com o Presidente russo, Vladimir Putin, que é o padrinho da filha do referido político.

A Rússia parece estar a aumentar a presença militar junto à fronteira com a Finlândia, noticiou hoje a Bloomberg, no seguimento de o país (juntamente com a Suécia) ter anunciado que deverá entrar na NATO.

Russia is deploying heavy military equipments towards border with Finland after Finland and Sweden considering joining NATO: Bloomberg

— Ragıp Soylu (@ragipsoylu) April 12, 2022

A conta do Twitter do portal OSINTdefender alega que vários sistemas anti-mísseis estão a caminho da fronteira finlandesa.

There are Unconfirmed reports today that Russian Forces in the Leningrad Region near the City of Vyborg are beginning to move Heavy Military Equipment including K-300P Bastion Coastal Defense Missile Systems towards the Gulf of Finland and the Finnish Border. pic.twitter.com/UUtq5GQ5ej

— OSINTdefender (@sentdefender) April 11, 2022

Numa conferência de imprensa, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse não ter condições para confirmar o reforço da presença militar russa junto à fronteira com a Finlândia.

Contudo, caso se confirmar, tal representa a concretização de uma ameaça: a Rússia indicou que a possível entrada da Finlândia da NATO desencadearia “consequências político-militares”.

O Presidente da República defendeu hoje que a NATO e a União Europeia devem continuar a atuar dentro dos limites dos seus tratados, apesar da violação do direito internacional humanitário pela Rússia na guerra na Ucrânia.

“Deve isso [a violação do direito internacional humanitário] mudar a posição que é da União Europeia, como é da NATO, que é de respeitar os princípios dos tratados, na forma como tem atuado? A resposta é não”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, no Porto, numa conferência de imprensa após o encontro com o homólogo búlgaro.