Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Boa noite, termina aqui o nosso liveblog. Amanhã regressamos logo pela manhã no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures. Obrigado por nos ter acompanhado.

    Se ainda quiser ler mais sobre o Congresso, nas últimas quatro entradas pode encontrar três entrevistas (a um ex-líder, ao líder parlamentar e ao candidato presidencial do PCP) e uma reportagem sobre como se organiza o Congresso em tempos de Covid-19.

  • Congresso em emergência. O “pegue e leve”, as brigadas de limpeza e os alunos que não tiveram educação física para comunistas almoçarem

    Luís e Hugo vieram do Barreiro com a missão de desinfetar as mesas, mas discursos só ao longe. Nem todos os militantes são delegados, mas por vezes lá se desenrasca “uma senha de cinco minutinhos”.

    Congresso em emergência. O “pegue e leve”, as brigadas de limpeza e os alunos que não tiveram educação física para comunistas almoçarem

  • João Oliveira. “O que o Governo fez no final do OE foi cumprimentar o patrão com o chapéu dos outros”

    Líder parlamentar do PCP garante que abstenção no OE foi “um distanciamento” do PS que acusa de ter-se aproveitado de ganhos comunistas. Mesmo assim não descarta voltar a entrar no barco de Costa.

    João Oliveira. “O que o Governo fez no final do OE foi cumprimentar o patrão com o chapéu dos outros”

  • Carlos Carvalhas: “Na altura em que o PCP verificar que é melhor chumbar o Orçamento, fá-lo-á”

    Em entrevista, o antigo secretário-geral comunista diz que o PCP não hesitará em romper com o PS se a alternativa for manter uma política de direita. Ascensão de uma maioria com o PSD não assusta.

    Carlos Carvalhas: “Na altura em que o PCP verificar que é melhor chumbar o Orçamento, fá-lo-á”

  • Secretário-geral adjunto? “Pura e simplesmente não vai acontecer”, diz João Ferreira

    João Ferreira está focado na campanha presidencial e garante que não será secretário-geral adjunto, nem essa figura, acredita, será criada. Contra-ataca Marcelo com sketch dos Gato Fedorento

    Secretário-geral adjunto? “Pura e simplesmente não vai acontecer”, diz João Ferreira

  • Congresso em emergência. O “pegue e leve”, as brigadas de limpeza e os alunos que não tiveram educação física para comunistas almoçarem

    Luís e Hugo vieram do Barreiro com a missão de desinfetar as mesas, mas discursos só ao longe. Nem todos os militantes são delegados, mas por vezes lá se desenrasca “uma senha de cinco minutinhos”.

    Congresso em emergência. O “pegue e leve”, as brigadas de limpeza e os alunos que não tiveram educação física para comunistas almoçarem

  • "O PCP não desiste a meio de uma luta e no caso do OE não foi diferente, bateu-se até às últimas", diz João Ferreira ao Observador

    João Ferreira, em entrevista à Rádio Observador, critica as medidas do Governo de resposta à pandemia, ironizando com a conhecida “rábula”: “Não é proibido mas não se pode fazer”. Em resposta ao facto de o PCP estar a realizar um congresso com 600 delegados em estado de emergência, o eurodeputado comunista nota que “o que é importante é que em todas as iniciativas se tomem medidas de proteção com estamos a tomar nesta iniciativa, mas isso não significa que temos de ficar em casa, escondidos debaixo da cama, porque não é isso que se pede às pessoas que façam”.

    Questionado sobre o Orçamento do Estado que foi viabilizado pelo PCP, João Ferreira “não lhe chamaria dar a mão ao PS” porque a atitude do PCP não é essa: “O PCP teve uma atitude na discussão deste Orçamento do Estado que não foi diferente das anteriores: lutar para melhorar uma proposta de orçamento que considerava insuficiente e desajustada”, diz, sublinhando que é preciso olhar para o debate do OE “para lá da superfície”.

    “Tivemos numerosas votações em que, quem vir com atenção, verificará que foram outros partidos que convergiram com o PS, nomeadamente o PSD para inviabilizar que fossemos mais longe”, nota, sublinhando que o PCP teve ganhos neste orçamento, como os salários pagos a 100% aos trabalhadores em layoff, mas houve outras matérias onde não foi possível fazer avanços porque “o PSD deu a mão ao PS para inviabilizar a resposta”.

    Questionado sobre a possibilidade de o PCP continuar a viabilizar orçamentos ao PS ao longo da legislatura, João Ferreira diz que “disponibilidade para intervir procurando por todos os meios garantir que as soluções respondam aos problemas das pessoas há sempre”. “A postura do PCP tem sido sempre essa, se avaliarmos de forma rigorosa e objetiva”, diz.

    Isto porque “o PCP não desiste a meio de uma luta e no caso do Orçamento do Estado não foi diferente, bateu-se até às últimas. Este não é o orçamento que o país precisa, que responda integralmente aos problemas do país”. Mas é o orçamento possível.

    Sobre a candidatura presidencial, João Ferreira diz que não se candidata para percentagens eleitorais, e que a ideia de haver apoios por parte de personalidades de outros quadrantes políticos que não o PCP (como dois deputados do PS, que já o sinalizaram), é um “sinal das possibilidades de alargamento que esta candidatura tem”.

  • João Ferreira, ao Observador, descarta sair deste congresso como secretário-geral-adjunto. "Não vai acontecer, pura e simplesmente"

    João Ferreira, o candidato do PCP a Belém, ainda não subiu ao palco do congresso do PCP, em Loures, mas está neste momento no estúdio montado pelo Observador à porta do congresso para uma entrevista.

    “Sendo candidato a Presidente da República é nessa tarefa que estou concentrado, e mesmo a intervenção que aqui procurarei fazer amanhã será em torno dessa tema”, diz apenas quando questionado sobre se poderá sair deste congresso como secretário-geral-adjunto de Jerónimo de Sousa.

    Essa figura foi encontrada “no passado, em circunstâncias muito particulares” e, apesar de isso ter acontecido num congresso neste mesmo pavilhão, em Loures, João Ferreira não vê razões para qualquer “paralelismo”.

    E avisa: podem tirar daí a ideia. “Não vai acontecer, pura e simplesmente. Não é uma situação que esteja neste momento em cima da mesa, não creio que esteja demonstrada neste momento a necessidade de uma solução desse tipo”, afirma.

    Quanto a Jerónimo, João Ferreira não tem dúvidas de que “é público e notório” que Jerónimo de Sousa “tem toda a energia e toda a combatividade que são necessárias”. Ou seja, não precisa da figura de secretário-geral-adjunto.

  • Carlos Carvalhas, ao Observador, diz que já tinha pedido para sair do Comité Central há 4 anos. "As pessoas não são eternamente jovens"

    Carlos Carvalhas, ex-secretário-geral do PCP, é entrevistado neste momento na Rádio Observador. Sobre a decisão de o PCP ter viabilizado o Orçamento do Estado para 2021, Carlos Carvalhas diz que o partido não toma decisões a pensar em “calculismos” mas sim a pensar no interesse dos portugueses. “Se tivéssemos votado contra estaríamos agora em duodécimos e com grandes dificuldades”, diz.

    Carlos Carvalhas ironiza com a ideia de que muitas das propostas do PCP que foram aprovadas pelo PS foram “aprovadas a ferros”, daí que se possa antever o que seria um orçamento do PS sem a influência do PCP. “O PS foi obrigado a ceder perante algumas propostas que, se as avaliarmos objetivamente, são bastante positivas para os trabalhadores e as camadas populares”, diz.

    Questionado sobre a alegada tentação de António Costa de criar uma crise artificial, Carlos Carvalhas diz que não faz “futurologia” nem sobre isso nem sobre se o Governo vai continuar a contar com o PCP (ou até com o BE) nas negociações daqui para a frente. “As posições não são estáticas e os partidos podem evoluir na sua posição”, diz, recusando-se a falar pelo Bloco de Esquerda.

    E sobre se a sua saída do Comité Central era um fim de ciclo, Carlos Carvalhas responde que é apenas o curso normal das coisas, sendo que até já tinha pedido para sair há quatro anos. “As pessoas não são eternamente jovens, já há 4 anos tinha pedido para sair, agora saio por comum acordo, continuarei a dar o meu contributo, modesto mas continuado”, diz.

  • PSD Loures diz que Bernardino comprometeu Câmara de Loures com Congresso do PCP

    O PSD Loures emitiu hoje um comunicado a criticar o presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares, acusando-o de “um total comprometimento com a Organização do Congresso” do PCP.

    E isto por causa do encerramento do pavilhão António Feliciano Bastos ser espaço de apoio ao Congresso do PCP, “em concreto, para servir refeições aos 600 participantes” no evento comunista. O PSD Loures diz que questionou Bernardino Soares sobre esta decisão e “não obteve até ao momento qualquer resposta”.

    Lamentamos por parte do edil, não apenas o seu silêncio como a forma como ignorou este pedido de informações de uma das forças políticas representada nos órgãos municipais”.

    Este uso, escreve o presidente do PSD Loures em comunicado, “revela um total comprometimento da Câmara Municipal com a Organização do Congresso, numa atitude em tudo reveladora de uma absoluta displicência na forma como lidam e fazem perigar a saúde e segurança das centenas de alunos da Escola Dr. António de Carvalho Figueiredo”. E porque “centenas de alunos viram-se privados das suas aulas normais de educação física, e para assistir a outras disciplinas têm de cruzar-se a poucos metros com os cerca de 600 congressistas”, diz Nelson Batista que remata o texto a considerar a situação “abusiva” por estar a “colocar em risco as pessoas”.

  • João Oliveira, ao Observador: Medidas positivas do OE que o ministro das Finanças sublinhou "resultam de propostas do PCP"

    Em entrevista à Rádio Observador, o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, desafia a que se recupere a intervenção do Ministro Finanças no debate no encerramento do OE onde enumerou as medidas que constam do orçamento e que, no seu entender, têm quase todas o selo do PCP.

    É uma espécie de “cumprimentar o patrão com o chapéu dos outros”. “O governo apresentou aos portugueses um conjunto de medidas muito positivas que resultam de propostas do PCP e não de medidas do governo ou do PS”, daí que seja preciso reforçar o peso do PCP para reforçar as medidas “positivas” do Governo.

    “Só com o reforço do PCP se consegue garantir que as medidas tomadas respondem aos anseios dos portugueses”, diz João Oliveira, e dá um exemplo: “Durante anos e anos propusemos a gratuitidade dos manuais escolares, batemos sempre contra a parede. Só no dia em que o governo socialista precisou de negociar com o PCP é que isso se conseguiu”.

  • "Não confinámos a reflexão e a luta, nem nos enfiámos debaixo da cama", diz Vasco Cardoso, do Comité Central

    Vasco Cardoso, membro do Comité Central, fala agora no palco do Congresso. Diz que a crise pandémica que vivemos pede “um reforço da intervenção política” e não o contrário. “Pede um apuramento da resposta a dar perante os problemas”, sublinha.

    E é aí que vai ao ponto: “Nós não confinámos a reflexão nem a luta, não nos remetemos ao virtual, não nos enfiámos debaixo da cama: enfrentámos a realidade tomando todas as medidas sanitárias. Tanto em abril, como em maio, como no Avante, como agora no congresso”, diz.

    Vasco Cardoso fala ainda numa “ofensiva anti-comunista” que existiu e ainda existe — “nos últimos anos o partido enfrentou a mais alta ofensiva de que há memória e tenderá a aprofundar-se” — e fala nas “eternas certidões de óbito” que são passada aos PCP. Mas o PCP “não se determinará por juízos de terceiros”. “O PCP é o que é, um partido indispensável e insubstituível, sem a pretensão de ter todas as certezas”.

  • Bernardino Soares: "O único vírus que aqui se vai propagar é o vírus da luta por um futuro melhor"

    Bernardino Soares fala agora no palco do congresso, como membro do Comité Central mas também como presidente da câmara de Loures. “A realização em Loures do congresso é uma afirmação de lilberdade e da inviolabilidade dos direitos políticos e partidários”, começa por dizer.

    Trata-se de um congresso que se realiza num “momento de forte combate político e ideológico”, onde os comunistas “não viram a cara à luta por mais difícil que ela se torne”, diz Bernardino. “Não temos medo deste combate”, diz, criticando depois os que criticam a realização do congresso mas não criticam, por exemplo, o que se passa nos transportes públicos “lotados”.

    “Nunca os ouvimos preocupados com a sobrelotação dos transportes públicos, nunca os ouvimos exigir mais recursos para o SNS. Já os ouvimos preocupados com as fraudes do rendimento mínimo mas nunca com o rendimento máximo dos banqueiros e dos grupos económicos”, diz.

    E depois cita “um iluminado” que criticou a “habilidade saloia” do PCP, referindo-se ao líder parlamentar do PSD Adão Silva. “Foi com a nossa habilidade saloia que soubemos proteger os trabalhadores do município, que articulamos o trabalho entre várias instituições públicas e tomamos medidas inovadoras no combate à pandemia e à economia”. Segundo Bernardino Soares, as medidas tomadas pelo executivo comunista em Loures foram depois replicadas noutros concelhos e o município foi agraciado com uma menção honrosa pela forma como tem gerido o combate à crise pandémica.

    “O único vírus que aqui se vai propagar é o vírus da luta por um futuro melhor para o nosso povo e o país”, disse.

  • António Filipe: o grande inimigo do capital "não é a Covid-19, são os comunistas e os trabalhadores"

    António Filipe critica os estados de emergência que “limitam direitos”. O deputado do PCP denuncia uma “campanha sonsa contra as comemorações do 25 de abril e do 1º de maio” e uma “campanha indecorosa contra a Festa do Avante e o Congresso do PCP”, que prova que “para o grande capital o inimigo não é a Covid-19, os inimigos são os comunistas, são os trabalhadores.”

    O dirigente do PCP diz que o partido “não aceita ficar confinado quando é preciso lutar contra as ameaças anti-democráticas e fascizantes, que se aproveitam da falta de resposta aos problemas nacionais para perder a vergonha e aumentar a sua influência social e política.”

  • "Não são os comunistas que aprovam estados de emergência para depois andarem a criticar as consequências sociais das medidas"

    António Filipe alerta que “não são os comunistas que andam por aí a espalhar teorias da conspiração anti-científicas ou campanhas contra o uso de máscaras” e que também “não são os comunistas que promovem ajuntamentos de pessoas sem qualquer distanciamento social”, nem que “aprovam estados de emergência para depois andarem a criticar as consequências sociais das medidas que aceitaram”.

  • António Filipe: O PCP "tem encarado esta pandemia com maior sentido de responsabilidade"

    O deputado António Filipe intervém agora para falar sobre “Direitos, Liberdades e Democracias”, e diz que “é a primeira vez que o partido realiza o Congresso em estado de emergência e em pandemia com consequências muito graves”.

    O partido, diz o membro do comité central, “tem encarado esta pandemia com maior sentido de responsabilidade”. António Filipe diz que “qualquer ideia que haja da parte do PCP alguma subestimação da gravidade da situação sanitária porque passamos ou de negação de serem tomadas mais rigorosas medidas sanitárias de proteção individual ou coletiva, não passa de uma acusação sem qualquer fundamento”.

  • O setor da pesca ficou ainda "pior" nos últimos quatro anos

    O pescador e dirigente do PCP João Paulo Delgado diz agora que o setor da pesca está hoje ainda “pior” do que há quatro anos, quando o partido reuniu pela última vez. Nestes anos, explica, o país perdeu 2668 pescadores e 173 embarcações.

  • Os "verdes anos" dos últimos 20 congressos no recomeço dos trabalhos

    Os trabalhos do Congresso estão prestes a ser retomados após pausa para almoço. Nos ecrãs passa um vídeo com fotografias de todos os vinte congressos anteriores do partido ao som de “Verdes Anos”, de Carlos Paredes.

  • "Foi o PSD que deu o pulo para o outro lado", quando votou a favor do travão ao Novo Banco no OE

    Bernardino Soares é ainda questionado, no programa Vichyssoise na rádio Observador, sobre a aprovação, ao lado do PSD, da proposta de alteração do BE que travou a transferência de 500 milhões para o Novo Banco, e diz que os comunistas estiveram sempre do mesmo lado e que foi o PSD “a dar o pulo para o outro lado por razões tácticas e não o PCP”.

  • PCP é diferente de quem fez "cálculo político" e "ficou fora do Orçamento", diz Bernardino Soares

    Sobre a votação no Orçamento, o comunista Bernardino Soares garante que o PCP “não está a dar a mão ao PS” e que o discurso de Jerónimo foi “crítico para o PS”. “Mas que a vida política não é só táctica, mas também princípios”, diz, por isso “se há ganhos que justifiquem a viabilização no Orçamento, vamos fazê-lo, independentemente do cálculo político que quem ficou de fora possa ficar a fazer”. Aqui uma crítica velada à posição do Bloco de Equerda, que votou contra o Orçamento do Estado.

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