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Este liveblog fica por aqui. Continue a acompanhar a atualidade relativa aos sismos na Turquia e na Síria e os seus impactos neste novo liveblog.

Mais de 24 mil mortos no sismo na Turquia e Síria

Hasan, um cidadão sírio de 34 anos, foi resgatado no sudeste da Turquia, em Kahramanmaraş, 117 horas após o sismo de segunda-feira.

Foi uma equipa de bombeiros de Bursa, na região de Istambul, que encontrou o sobrevivente, por entre escombros e entulho no bairro de Hayrullah, avançou a agência Anadolu, já às primeiras horas de sábado, 11 de fevereiro, na Turquia.

O presidente da Liga de Bombeiros Portugueses manifestou hoje estranheza pelo facto de os soldados da paz dos Açores não terem integrado a missão portuguesa de apoio às vítimas do sismo na Turquia e na Síria.

“Numa situação destas, os bombeiros dos Açores deviam ser os bombeiros de primeira linha, porque têm muita experiência na área de estruturas colapsadas e têm experiência em lidar com situações como um sismo”, insistiu António Nunes, que defende a necessidade de “estreitar relações” entre a Proteção Civil nacional e regional.

António Nunes lembrou que os bombeiros dos Açores têm “capacidade instalada”, “equipamentos” e “conhecimentos” para operarem num teatro de operações como aquele que se vive na Turquia e na Síria, que foram devastados por um terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter, na madrugada de segunda-feira.

O mais recente balanço dos sismos na Turquia e na Síria apontam para mais de 23.700 mortos e mais de 82 mil feridos. No país epicentro do abalo, estão confirmadas 20.213 vítimas mortnais, enquanto na Síria morreram 3.553. Destas, 2.166 perderam a vida em zonas controladas pelos rebeldes.

Segundo dados avançados pelo El País, há ainda mais de 12.500 edifícios completamente destruídos ou gravemente afetados nos dois países.

A equipa portuguesa enviada para a Turquia já está a operar nas missões de busca e salvamento após o sismo registado no país, avançou hoje o ministro da Administração Interna, que considerou “prematuro” equacionar um reforço do contingente.

“As informações que temos é que se encontram bem. Já estão a operar em setores de intervenção diversos. São operações de busca e salvamento”, afirmou José Luís Carneiro aos jornalistas.

Questionado pela comunicação social, José Luís Carneiro considerou “prematuro” equacionar um reforço da equipa portuguesa naquele país, realçando que as decisões foram tomadas no quadro do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

André e Cláudio, dois Bombeiros Voluntários de Albufeira, e o cão Axe juntaram-se às equipas de socorro que tentam resgatar pessoas na Turquia, depois de sismo ter provocado mais de 20 mil mortos.

Ouça aqui a entrevista.

Portugueses integram equipas de resgate na Turquia. “Encontramos uma situação devastadora”

O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) estimou esta sexta-feira que possam ter sido até 5,3 os milhões de sírios que ficaram desalojados no noroeste do país, na sequência dos sismos de dia 6.

“Para a Síria, isto é uma crise dentro de uma crise. Tivemos choques económicos, a Covid, e estamos agora nas profundezas do Inverno, com nevões a assolar as áreas afetadas”, disse o representante local do ACNUR, citado pela Sky News, recordando ainda que antes dos terramotos, já havia cerca de 6,8 milhões de deslocados internos no país.

“Alguns dos nossos próprios funcionários estão a dormir fora das suas casas porque estão preocupados com os danos estruturais nas suas casas”, disse ainda, explicando que tem sido “muito, muito difícil chegar às pessoas”, para prestar socorro, dados os danos provocados pelos abalos de terra nas vias de acesso ao noroeste da Síria.

A partir da próxima semana, garantiu, ainda assim, começarão a ser distribuídos em Aleppo, Hama e Latakia 30 mil “artigos de socorro de base” e 20 mil tendas.

Yusuf, um bebé de um ano e meio, foi resgatado esta sexta-feira em Kahramanmaraş, no sudeste da Turquia, 105 horas depois do terramoto da passada segunda-feira, está a avançar a agência Anadolu.

Vinte minutos depois de o bebé ser retirado dos escombros de uma casa de três andares, os socorristas encontraram o irmão mais velho, Muhammed, de 7 anos.

Assim que foi salvo, o rapaz pediu de comer: carne assada e coca-cola. Enquanto entrava na ambulância, conta a Anadolu, um dos bombeiros que o resgatou prometeu: “Encontra-me e eu compro-te carne assada e coca-cola!”.

O alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu hoje “um cessar-fogo imediato” na Síria para facilitar a ajuda às vítimas dos terramotos que devastaram parte do país e da Turquia no início desta semana.

É preciso também que haja um “pleno respeito pelos direitos humanos e pelas obrigações do Direito Humanitário para que a ajuda chegue a todos”, afirmou Volker Türk, numa mensagem divulgada na rede social Twitter.

“Neste momento terrível para a Turquia e para a Síria, pedimos que seja dada, com urgência, assistência a TODOS os necessitados”, sublinhou o alto-comissário na mensagem.

O Ministérios dos Negócios Estrangeiros cipriota disse que a Turquia “recusou educadamente” a ajuda do Chipre nas operações de resgate e socorro nos escombros provocados pelos sismos de segunda-feira.

Desde quarta-feira que os cipriotas estavam disponíveis para enviar uma equipa de resgate com 17 elementos, incluindo um médico e um paramédico, para a Turquia. Mas o governo recusou porque não reconhece a independência do Chipre.

As autoridades turcas fizeram uma nova atualização do número de mortes provocadas pelos sismos na Turquia e Síria.

De acordo com a Sky News, 22.375 morreram, 18.991 das quais na Turquia. As restantes 3.384 morreram na Síria.

A Turquia está a discutir a reabertura das fronteiras com o território controlado pelo governo sírio para que seja possível enviar ajuda para essa zona, revelou um oficial turco.

Segundo o The Guardian, o mesmo oficial adiantou ainda que está a ser analisada a possibilidade de se abrir uma nova passagem para a região de Idlib, controlada pela oposição.

O anúncio é feito no mesmo dia em que o Programa Alimentar Mundial informou que está a ficar sem abastecimentos na zona noroeste da Síria e apelou à abertura de mais fronteiras com a Turquia para que os alimentos possam chegar a quem mais precisa.

Um homem de 60 anos foi resgatado dos escombros de um prédio esta sexta-feira no sul da Turquia, 104 horas após os sismos que vitimaram mais de 21 mil pessoas.

Eyup Ak foi resgatado na província de Adiyaman e transportado numa maca para receber tratamento médico, descreve a agência de notícias Anadolu.

As autoridades turcas resgataram uma família de seis elementos na localidade de Iskenderun.

De acordo com um elemento da equipa de resgate, citado pela Sky News, as seis pessoas conseguiram sobreviver mais de 101 horas depois dos sismos porque se esconderam num pequeno espaço aberto dentro do edifício que colapsou.

O Programa Alimentar Mundial (WFP na sigla em inglês) informou que está a ficar sem abastecimentos na zona noroeste da Síria e apelou à abertura de mais fronteiras com a Turquia para que os alimentos possam chegar a quem mais precisa.

“Estamos a ficar sem abastecimento e precisamos de fazer chegar novos stocks. A fronteira está aberta, mas precisamos de abrir mais fronteiras”, afirmou Corinne Fleischer, diretora regional da WFP no Médio Oriente, segundo a Reuters.

Fleischer explicou que o noroeste da Síria é uma “grande preocupação”, uma vez que 90% da população “depende de assistência humanitária”.