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  • E com esta análise, o Observador encerra a cobertura desta cimeira. Muito obrigada por ter estado connosco!

  • A arte do negócio não chegou para convencer Kim

    E para compreender melhor qual foi o resultado concreto desta cimeira, nada como ouvir os especialistas, como fez o João de Almeida Dias. As opiniões foram unânimes: este é um processo longo, que precisa de tempo, e, por isso, este resultado não é assim tão mau.

    Mas há quem, como Ramon Pacheco Pardo da King’s College, deixe avisos: “Foi um erro convocar uma cimeira numa altura em que as duas partes não estavam, como ficou evidente, prontas para chegar a um quadro de entendimento”, declarou. “Trump tentou fazer disto um espetáculo.”

    A arte do negócio de Trump não chegou para convencer Kim — mas o processo é longo

  • Yongbyon, o "coração nuclear" da Coreia do Norte

    Já aqui falámos de Yongbyon, o complexo nuclear da Coreia do Norte que esteve no centro das negociações hoje. Mas, para quem quiser saber um pouco mais, pode ler o artigo do Observador sobre o “coração nuclear” do país:

    Yongbyon, o “coração nuclear” da Coreia do Norte que Kim ia oferecer a Trump

  • Coreia do Norte envia representante à China

    E eis que surge a primeira movimentação dos norte-coreanos na sequência da cimeira com Donald Trump: o envio de um representante oficial à China.

    “Uma delegação do ministro dos Negócios Estrangeiros da República Popular da Coreia do Norte, liderada pelo vice-ministro Ri Kil-song, saiu daqui para visitar a China”, declarou a Agência de Notícias Central da Coreia.

    Poderá ser um sinal de que Pyongyang quer acertar o passo com Pequim antes de se pronunciar publicamente sobre o resultado desta cimeira.

  • Trump estará a falar ao telefone com Presidente sul-coreano

    A BBC avança entretanto ter informações de que o Presidente Donald Trump estará agora a falar ao telefone com o homólogo sul-coreano, Moon Jae-in, a partir do Air Force One.

  • Em privado, os sul-coreanos parecem ser bem menos comedidos: “Foi um choque. Ainda estamos a tentar perceber o que aconteceu”, declarou uma fonte diplomática do país ao jornalista do Guardian Julian Borger.

  • Seul fala em "desilusão" com a cimeira

    A agência de notícias sul-coreana Yonhap divulgou entretanto uma reação do Governo sul-coreano, que considerou uma “desilusão” o facto de não ter sido alcançado um acordo, mas sublinhou que os dois países “fizeram mais progressos do que nunca”.

    “Lamentamos que o Presidente Trump e o Presidente Kim Jong-un não tenham conhecido chegar a um acordo total na cimeira de hoje”, diz o comunicado do porta-voz da presidência. “Mas também parece que eles fizeram mais progressos relevantes do que em qualquer outra altura do passado.”

  • Yongbyon, o "coração do programa nuclear" que Kim estava disposto a encerrar

    Uma das informações dadas por Donald Trump na conferência de imprensa foi que Kim Jong-un estava disponível para encerrar a instalação nuclear de Yongbyon e esperava, em troca, conseguir o levantamento total das sanções. O problema é que os Estados Unidos só estavam dispostos a fazê-lo em troca de uma desnuclearização total do país.

    O Korea Herald, jornal sul-coreano de língua inglesa, aproveitou para fazer um trabalho que explica a importância do Centro de Investigação Científica de Yongbyon e o que é que esta concessão dos norte-coreanos significava. Construída nos anos 60, a instalação nuclear tem vindo a crescer ao longo dos tempos, tendo atualmente 50 quilos de plutónio, suficiente para produzir seis a dez bombas, e um inventário de urânio enriquecido de 250 a 500 quilos, que serviria para 25 a 30 dispositivos nucleares.

    Siegried Hecker, cientista nuclear de Stanford que visitou o local quatro vezes, define Yongbyon ao Korea Heral como “o coração do programa nuclear” da Coreia do Norte, o que indica que esta era uma concessão significativa de Kim Jong-un. Só que, como alerta o investigador Ahn Jin-soo na mesma peça, “o Norte pode ter um local escondido onde acumula experiência” nuclear.

  • Kim Jong-un fica em Hanói para visita oficial no Vietname

    Trump está agora a embarcar no Air Force One para partir de Hanói. Já Kim Jong-un deverá ficar em Hanói mais alguns dias para encontros oficiais com representantes vietnamitas, como confirmou o ministério dos Negócios Estrangeiros do Vietname. E, no regresso a casa, há sempre a possibilidade de fazer uma paragem na China, já que fica em caminho.

  • As capas iguais dos jornais norte-coreanos

    Em Pyongyang, a cobertura da cimeira não primou pela originalidade, como seria de esperar. As capas dos dois principais jornais do país — o Rodong Sinmun e o Minju Choson — esta manhã tinham exatamente as mesmas fotografias, dispostas da mesma forma. O conteúdo escrito possivelmente também não mudará muito, mas o nosso domínio do coreano não nos permite fazer essa avaliação para já.

    Estas edições, no entanto, foram publicadas ao início da manhã na Coreia (madrugada em Portugal), quando as conversações ainda estavam no início. Resta saber como será a cobertura do evento amanhã, quando já for evidente que a cimeira terminou mais cedo do que o previsto, depois de Kim Jong-un ter recebido um rotundo não ao pedido de levantamento de sanções.

  • Kim já terá regressado à Coreia de Norte? Se não, pode aproveitar para comer um cupcake com a sua cara

    Parece que Kim Jong-un saiu de repente da cimeira, regressou ao seu hotel e nada mais sabemos do paradeiro do chefe de Estado da Coreia do Norte. Terá apanhado o seu comboio verde para regressar ao seu país? Estará ainda no quarto de hotel a digerir as conversas desta manhã?

    Não sabemos. Mas, antes de sair da Hanói, pode ainda dar uma volta pelo bairro onde está o seu hotel e provar um cupcake em sua honra.

  • China vai ouvir "as vozes com autoridade" dos EUA e da Coreia do Norte

    A China já reagiu à interrupção desta cimeira, através do porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Lu Kang. “A resolução da questão da Península Coreana não se resolve do dia para a noite”, afirmou o porta-voz, explicitando, contudo, que o país vai avaliar a situação depois “de ouvir as vozes com autoridade” dos EUA e da Coreia do Norte.

    “A China espera que a Coreia do Norte e que os EUA continuem a dialogar para resolver os problemas, a respeitarem honestamente as preocupações legítimas de cada um e a demonstrar sinceridade mútua”, acrescentou.

  • Projeto de lei no Congresso americano tenta pôr o fim à Guerra nas Coreias que não foi conseguido na cimeira

    Se nesta cimeira não foram dados passos para alcançar um dos objetivos que se esperava, o do fim formal da Guerra entre as duas Coreias, os norte-americanos podem enviar um sinal nessa direção à mesma através do seu poder legislativo, como explica a CNN.

    Esta semana, 19 membros democratas da Câmara dos Representantes apresentam uma resolução que pede um acordo final para a Guerra do Coreia — cujo armistício foi assinado em 1953, mas que nunca teve um Tratado de Paz formal desde então.

    Resta saber se a proposta consegue ir longe no Congresso.

  • E com o anúncio de que ainda tem “um avião para apanhar”, Trump põe fim à conferência de imprensa.

  • "Não ligo à linguagem. Usámos a linguagem mais dura da História da diplomacia e agora falamos"

    “Eu não ligo à linguagem. Usámos a linguagem mais dura da História da diplomacia, se é que se pode chamar diplomacia, e agora falamos”, disse o Presidente, acrescentando que na sua presidência foi feito muito mais para melhorar as relações com a Coreia do Norte do que na presidência de Barack Obama. “A retórica ao início foi horrível, mas já não é.”

    Os dois líderes já trocaram insultos duros no passado, com Trump a chamar a Kim “pequeno homem-foguete” e o líder norte-coreano a chamar ao Presidente um “americano mentalmente desiquilibrado e caquético”.

  • Kim "não sabia" o que levou ao coma de Otto Warmbier, o cidadão americano condenado em Pyongyang que acabaria por morrer

    Após uma pergunta sobre a morte de Otto Warmbier, o norte-americano que foi detido na Coreia do Norte e regressou aos EUA em coma, acabando por morrer de complicações, Trump confessou ter levantado o assunto na reunião que “não deixou Kim muito satisfeito”.

    “Mas acho que ele não sabia, não havia qualquer interesse para ele em fazer isso”, declarou o Presidente norte-americano sobre a razão que colocou em coma o cidadão de 23 anos do seu país. Otto foi detido e condenado a uma pena de prisão de 15 anos com trabalhos forçados por, alegadamente, ter tentado roubar um poster no hotel onde estava hospedado.

  • Trump rejeita influência desmedida da China sobre Kim Jong-un: "A Coreia do Norte decide as coisas por si mesma e que não depende de ninguém"

    Sobre a influência da China sobre a Coreia do Norte, Trump reconhece que um país que representa 93% das importações norte-coreanas tem, naturalmente, um peso. Mas acrescentou: “Acredito que a Coreia do Norte decide as coisas por si mesma e que não depende de ninguém.” O Presidente aproveitou ainda para referir a Rússia, sublinhando que tem sido “uma ajuda” nas conversações.

  • Trump dá a entender que só aceita levantar sanções em troca de desnuclearização total

    “É um país incrível. De um lado está a Rússia, do outro a China, por baixo a Coreia do Sul e está rodeado por água”, diz Trump sobre a Coreia do Norte. “Penso que vai ser ainda um sucesso económico.”

    Sobre a razão pela qual não aceitou a desnuclearização de algumas das instalações nucleares quando há informações de que Pyongyang pode continuar a produzir armamento, Trump reforçou que o preço a pagar por isso seria alto — as sanções —, que há informação contraditória sobre a produção nuclear da Coreia do Norte e reforçou que os EUA não podem agir sozinhos porque têm uma aliança com “a ONU, países como a Rússia e a China e, claro, a Coreia do Sul e o Japão”. “Não quero fazer nada que viole a confiança que criámos”, acrescenta.

    Questionado sobre aquilo que deseja em troca do levantamento total das sanções é a total desnuclearização, Trump disse que gostaria de dizer isso, mas que não o pode fazer “do ponto de vista negocial”. “Ele disse que o programa não vai avançar, que não vai testar mísseis nem nada relacionada com o nuclear, foi isso que ele disse”, assegurou.

  • Presidente Trump: "Prefiro fazê-lo bem do que rápido"

    E depois de uma pergunta sobre a audição do seu ex-advogado Michael Cohen no Congresso — “Não fariam isto a outro Presidente”, desabafou Trump, que classificou a audição de “vergonhosa” —, Trump respondeu a uma pergunta sobre a “atmosfera”.

    “Isto não foi um abandonar da conversa, não foi alguém a levantar-se e a sair de repente”, explicou, falando num ambiente “amigável”. Pompeo acrescentou que “toda a gente está muito focada em como continuar isto.” Mas concedeu: “Acho que todos estavam à espera que conseguíssemos um pouco mais do que conseguimos, mas todos estamos a trabalhar para isso.”

    “Eu podia ter assinado um acordo hoje e depois vocês diriam todos ‘que acordo terrível ele assinou’. Uma pessoa tem de estar preparada para sair”, disse o Presidente, acrescentando que “prefiro fazê-lo bem do que rápido”.

  • Kim terá prometido a Trump que não fará testes nucleares

    Agora Sean Hannity, conhecido apresentador da Fox News, tem direito a uma pergunta. “Que mensagem quer enviar ao Presidente Kim sobre o futuro e a vossa relação?”, questiona.

    “Quero manter a relação e vamos mantê-la”, assegura Trump. “Uma das coisas importantes é que o Presidente Kim me prometeu ontem à noite que não vai fazer testes nucleares. Confio nele e na sua palavra, espero que seja verdade. Mas entretanto vamos continuar a falar.”

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