Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • O acompanhamento do Estado da União neste liveblog terminou. Pode ler aqui a análise da jornalista Cátia Bruno, que esteve em Estrasburgo a acompanhar a intervenção da presidente da Comissão, Ursula Von der Leyen, no Parlamento Europeu.

    Green Deal, união geopolítica, guerra na Ucrânia e alargamento. As entrelinhas do discurso do Estado da União de Ursula von der Leyen

    Obrigado por ter estado a acompanha e até à próxima!

  • Paulo Rangel pede estratégia para a inflação — mas também culpa António Costa

    Agora intervém o eurodeputado português Paulo Rangel (PPE), que começa por elogiar o mandato de Ursula von der Leyen em inglês: “Deixe-me agradecer pela sua liderança destacada sobretudo na pandemia e na Ucrânia”.

    De regresso ao português, Rangel diz que os portugueses “estão a sofrer muito” e, por isso, defende uma estratégia para a inflação para lá da atuação do BCE, à semelhança da que foi feita pelos EUA.

    “É fundamental dizer aqui ao meu colega Pedro Marques que grande parte dos problemas que referiu são resultado das políticas de António Costa”, remata.

  • Pedro Marques diz que silêncio de Von der Leyen sobre aumento do custo de vida foi "gritante"

    O eurodeputado português Pedro Marques (S&D) discursa agora no Parlamento e faz perguntas à presidente da Comissão, em concreto sobre a ausência de propostas a propósito do aumento do custo de vida.

    “Foi gritante o seu silêncio ao longo de uma hora sobre os que sofrem na Europa”, disse, antes de discordar também sobre a política migratória apresentada por Von der Leyen.

    “Mas ouvimos e certamente que Manfred Weber também ouviu o seu compromisso com o combate às alterações climáticas”, acrescentou.

  • Presidente da Comissão reforça "compromisso pessoal" com o Green Deal

    A presidente da Comissão responde ainda à questão do Green Deal. Começa por revelar que foi avó três vezes ao longo deste mandato e que isso a fez sentir-se mais comprometida com este projeto.

    “Eles irão ter primavera, verão, outono e inverno, como nós tivemos? Como vai ser o mundo deles?”, questiona. “Isto está ligado à forma como vamos aplicar o Green Deal.”

    Von der Leyen reafirma o seu “compromisso” com o projeto, que diz ser possível se houver união.

  • Von der Leyen defende sistema atual na questão do Estado de Direito

    Ursula von der Leyen responde agora às intervenções dos grupos parlamentares e foca-se na questão do Estado de Direito, que diz ser “a cola” da UE.

    “Isto é dinheiro comum dos contribuintes europeus, por isso há uma forte necessidade de que isto esteja associado a reformas”, disse, defendendo as medidas atuais, em que quando há limitações no Estado de Direito, os países não recebem determinados fundos.

    A presidente da Comissão aborda também a questão da defesa e da paz na Ucrânia. “A Ucrânia precisa de garantias de segurança”, diz, se quiser evitar uma nova guerra com a Rússia. “Para isso, nós precisamos de melhorar as nossas capacidades de defesa”, afirma, destacando as medidas recentes na produção de munições.”

  • Esquerda critica Von der Leyen por política migratória e exclusão social

    Martin Schirdewan reage agora em nome do grupo da Esquerda e deixa críticas a Von der Leyen na área da política social.

    “Não falou do aumento do custo de vida, da especulação, do aumento dos preços. Não quis uma taxa sobre os lucros extraordinários. Milhões de pessoas na UE estão ameaçadas pela pobreza, esse é o seu legado.”

    O alemão pergunta ainda à presidente da Comissão “como consegue dormir à noite?”, quando há tantos migrantes que morrem às “portas da Europa”.

  • Identidade e Democracia critica Green Deal: "O único vencedor desta transição não será o ambiente ou os europeus, será a China"

    Na reação do grupo Identidade e Democracia, Marco Zanni identificou o discurso de Von der Leyen como “um programa eleitoral que lança a sua recandidatura”, mas considerou que não era um programa bom o suficiente.

    Sobre o Green Deal, o líder do grupo que inclui vários partidos de extrema-direita como a Alternativa para a Alemanha e a Frente Nacional foi taxativo: “O único vencedor desta transição não será o ambiente ou os europeus, será a China”.

    O grupo deixa ainda críticas à política migratória. “Quem não tem direito a entrar na UE deve estar fora”, afirma, rejeitando ainda a ideia da “redistribuição” de migrantes e requerentes de asilo por vários países.

  • "Algo está podre na União", dizem conservadores e reformistas

    Ryszard Antoni Legutko fala agora em nome do grupo dos Conservadores e Reformistas (ECR), que inclui partidos como o PiS polaco e os Fratelli d’Italia de Georgia Meloni.

    “Citando Shakespeare, ‘Algo está podre na União'”, declara o eurodeputado. Critica a política de migrações e a criminalidade na Europa, que diz estar em crescimento.

    Depois foca-se no Green Deal, que diz ser fruto de “fantasias”: “A última delas é a Lei da restauração da natureza”, aponta. Outra “fantasia” europeia, diz, é a ideia da dívida comum. “O orçamento da UE está em farrapos”.

    “A Comissão intromete-se nas políticas nacionais e tenta derrubar os governos de quem não gosta”, acusa ainda o eurodeputado, responsabilizando diretamente Von der Leyen e criticando os processos abertos à Polónia e Hungria a propósito do Estado de Direito.

  • Verdes defendem Green Deal: "Nós não estamos acima da natureza"

    É a vez da reação dos Verdes, pela voz de Philippe Lamberts, que se foca como esperado na questão do Green Deal.

    “Aqueles que não queriam o Green Deal desde o inicio, agora querem uma moratória, invocando a competitividade. A esses digo: nós não estamos acima da natureza.”

    Lamberts elogia o discurso de Von der Leyen nalguns pontos, mas afasta-se na questão das migrações, dizendo que a solução proposta é a UE “apoiar-se em ditadores e autocratas para manter pessoas afastadas”.

  • Stéphane Séjourné (liberais) diz que Europa ainda não fez o suficiente sobre Hungria e Polónia

    Stéphane Séjourné fala agora em nome do grupo Renew (liberais).

    “Felicito-me que tenha entendido o meu grupo”, diz dirigindo-se à presidente da Comissão, a propósito do Green Deal.

    Séjourné destaca a questão das migrações como prioritária, a par da industrialização e da competitividade.

    Mas deixa críticas ao processo sobre o Estado de Direito aberto contra a Hungria e Polónia, que considera não ter ainda feito o suficiente: “A Europa ainda não está a responder aos apelos desesperados dos juízes polacos e húngaros, da imprensa independente e da sociedade civil”, declarou.

  • Queremos mesmo a Europa de Ursula von der Leyen? Ligue 910024185 e entre em direto no Contra-Corrente

    Von der Leyen está no Parlamento Europeu a fazer o último discurso do mandato sobre o estado da União Europeia. É mesmo esta a Europa que queremos? Ligue 910024185 e entre em direto no Contra-Corrente.

    Queremos mesmo a Europa de Ursula von der Leyen? Ligue 910024185 e entre em direto no Contra-Corrente

  • Socialistas elogiam Von der Leyen por ter "quebrado o silêncio" contra o "negacionismo climático"

    Iratxe García Pérez, líder do grupo dos Socialistas e Democratas (S&E), reage agora ao discurso de Von der Leyen.

    “Travar os efeitos das alterações climáticas é uma obrigação legal e moral”, afirma a socialista, elogiando Von der Leyen por ter “quebrado o seu silêncio” contra o “negacionismo climático”. “Vamos prestar muita atenção para ver se estas afirmações [que aqui fez] se cumprem”, declarou.

    Iratxe García Pérez fala sobre a guerra na Ucrânia com palavras duras contra a Rússia — “Putin é um criminoso que vai acabar os seus dias no Tribunal Penal Internacional” — e aborda a questão das migrações com críticas a alguns governos europeus: “O dinheiro dos contribuintes europeus não pode acabar nos bolsos de governos que estão a atacar os direitos das pessoas”.

    A líder dos socialistas atacou ainda diretamente Manfred Weber, que acusou de ser incoerente e apoiar “a maioria Von der Leyen” nalgumas questões e “a extrema-direita” noutras.

  • O último "Estado da União" para Von Der Leyen?

    Este foi o último debate do “Estado da União” de Von der Leyen cujo mandato de presidente da Comissão Europeia está prestes a terminar. Será que vai continuar? A NATO é uma possibilidade? Ouça aqui o novo episódio do podcast A História do Dia da Rádio Observador.

    O último “Estado da União” para Von Der Leyen?

  • Manfred Weber: Green Deal é "obrigação da nossa geração", mas o PPE é "o partido dos agricultores e das áreas rurais"

    Com o discurso de Von der Leyen terminado, começam agora a reagir os líderes parlamentares. O primeiro é Manfred Weber, líder do Partido Popular Europeu (PPE) de Von der Leyen, que aborda o tema onde se distancia mais da presidente da Comissão: o Green Deal.

    O combate às alterações climáticas, diz, é “uma obrigação da nossa geração”. Mas isso não pode ser feito sem “ouvir os trabalhadores, os agricultores, os jovens”. “O PPE é o partido dos agricultores e das áreas rurais”, reforça Weber.

    O líder do PPE defende o combate aos traficantes na questão das migrações e o reforço da competitividade apontados por Von der Leyen. E também está alinhado com a presidente na questão da Ucrânia, mas vai mais longe na defesa de uma política forte de defesa comum. “Essa é a resposta aos extremismos”, declara.

  • "Este é o momento da Europa responder ao chamamento da História"

    Por fim, Ursula von der Leyen volta a invocar a memória de Victoria Amelina para destacar “o dever coletivo” de “escrever uma nova história para a Europa”.

    “O futuro do nosso continente depende das escolhas que fizermos hoje”, declara a presidente da Comissão Europeia.

    E termina: “Este é o momento da Europa responder ao chamamento da História. Longa vida à Europa”.

  • Von der Leyen defende alargamento e admite que orçamento e defesa são os principais desafios

    A presidente da Comissão Europeia aproveita o discurso, porém, para defender claramente o alargamento da União.

    “Cada vaga de alargamento levou a um aprofundamento político”, lembra. “Fomos do aço e do carvão para a integração económica plena. E depois da queda da Cortina de Ferro, transformámos um projeto económico numa verdadeira União dos povos e dos Estados.”

    “Acredito que o próximo alargamento também deve ser um catalisador para o progresso”, afirma. Mas Von der Leyen rejeita que tenhamos de primeiro alterar o Tratado da UE “se e onde for necessário” antes de avançar com o alargamento. Em vez disso, a Comissão vai iniciar avaliações em diferentes áreas para perceber que alterações serão necessárias.

    Os principais desafios são logo enumerados por Von der Leyen: o orçamento europeu — “o que financia, como financia e como é financiado” — e a política de defesa e segurança.

  • Ucrânia deu "grandes passos" para entrar na UE, mas adesão "é com base no mérito"

    Ursula Von der Leyen aborda agora a questão do alargamento da União, dando um sinal claro da sua defesa. “O futuro dos Balcãs Ocidentais é na nossa União. O futuro da Moldávia é na nossa União. E sei o quão importante a perspetiva da UE é para tanta gente na Geórgia.”

    Para facilitar essas adesões futuras, Von der Leyen anuncia que os relatórios que a UE elaborou sobre o Estado de Direito serão abertos a esses países. “Isto irá colocá-los em pé de igualdade com os Estados-Membros e apoiá-los nos esforços de reforma.”

    A proposta causa algum burburinho no hemiciclo, o que leva Von der Leyen a sublinhar que essa proposta é “do interesse de todos”.

    “Sabemos que este não é um caminho fácil”, admite, relativamente ao alargamento.

    “A adesão é com base no mérito e a Comissão irá sempre defender este princípio”, assegura. Mas destaca “os grandes passos” já dados pela Ucrânia desde que lhe foi concedido o estatuto de candidata.

  • Refugiados ucranianos terão extensão do período de asilo

    “Vamos estar ao lado da Ucrânia”, promete Von der Leyen, “dure o tempo que durar”.

    E ilustra essa promessa com uma medida concreta: “A Comissão vai propor a extensão da proteção temporária aos ucranianos na UE”.

    Para além disso, relembra que a Comissão propôs um financiamento extra de 50 mil milhões de euros à Ucrânia ao longo dos próximos quatro anos, para “investimento e reformas”.

  • Von der Leyen homenageia Victoria Amelina, escritora ucraniana que morreu num ataque russo

    De regresso ao tema da Ucrânia, Ursula von der Leyen relembra a história de Victoria Amelina, a escritora ucraniana que morreu num ataque de mísseis russos, “vítima de uma crime de guerra russo, um dos inúmeros ataques contra civis inocentes”.

    Von der Leyen destaca depois a campanha criada por um amigo de Amelina que sobreviveu a esse ataque, Héctor Abad Faciolince, que está hoje no Parlamento Europeu e que desenvolveu o programa “Aguanta, Ucrania” — para difundir a situação da Ucrânia na América Latina. Héctor Abad é depois aplaudido pelos eurodeputados, enquanto mostra um retrato de Amelina.

  • Comissão quer parcerias com países vizinhos para lidar com migrações e combate aos traficantes

    Relativamente às migrações e fluxos de refugiados, Ursula von der Leyen defende o seu Novo Pacto para a Migração e Asilo, que diz assegurar um equilíbrio entre “soberania e solidariedade”.

    “Fomos rápidos e unidos na resposta ao ataque híbrido da Bielorrússia”, diz, relembrando a crise migratória na Polónia de migrantes vindos através daquele país. “Trabalhámos de forma próxima com os nossos parceiros dos Balcãs Ocidentais e reduzimos os fluxos irregulares”, acrescenta.

    E destaca que o futuro deverá ser o de assinar acordos com vários países semelhantes à parceria assinada com a Tunísia, que “traz benefícios mútuos para lá da migração”.

    Von der Leyen destaca ainda a necessidade de atacar “a praga global do tráfico humano”. Por essa razão, anuncia que a Comissão vai organizar uma Conferência Internacional sobre o combate ao tráfico de pessoas.

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