Nuno Melo ao final de meio ano de liderança não conseguiu arrancar o CDS dos 0,7% nas sondagens. Ser militante do CDS dá-me o direito de falar nelas, o mesmo direito que deu ao atual líder de falar de sondagens em tempo de campanha, “massacrando” em direto, para o país inteiro ver (ao estilo de um reality show sem a participação de VIPS), o antigo líder Francisco Rodrigues dos Santos. Além de realizar outras tropelias bastante graves e prejudiciais à sobrevivência futura do CDS.
Nuno Melo mais do que licença para aparecer, tem a responsabilidade de melhorar o seu papel como presidente do partido. Bem sei que o lugar que ocupa não é fácil mas eu acredito nas sondagens tal como o próprio Nuno Melo acreditou nas sondagens no tempo de Francisco Rodrigues dos Santos, embora eu não seja um dos responsáveis mediáticos pela degradação pública da imagem do partido.
O Presidente do CDS não tem tido o espaço mediático que deveria mas o que é facto é que também não tem tido a criatividade para realizar uma oposição moderna e original, repetindo-se numa postura “portista” já enfadonha, até na entoação de discurso. Talvez esta falta de mediatismo se deva à mesma razão que o “portismo” apontava a Ribeiro e Castro por estar em Bruxelas com falta de tempo para ser líder de um partido que naquele tempo ainda tinha correntes de opinião e sem a obrigatoriedade de quotas.
É tempo pois de aparecer e de voltar a correr “pela pista do meio”, o que acho difícil a Nuno Melo fazer, pois o esforço que faz por ter o estilo da “outra” direita está-lhe no sangue.