Se a presença de um militante da extrema-direita num canal de televisão provoca tanto alarido, isso só pode ter duas razões: ou o perigo é real e torna-se urgente tomar medidas para travar o extremismo ou estamos mais uma vez perante a realização do provérbio: “Apanha que é ladrão!”
Para que fique bem claro, tenho o maior desprezo e repulsa pelas ideias e acções de Manuel Machado, mas considero que não é a ida a uma televisão que o torna perigoso ou, como dizem alguns, contribui para “trazer a extrema-direita” para Portugal.
Estes argumentos servem apenas para desviar as atenções do principal: para que a extrema-direita avance em Portugal, é preciso existirem condições, que são criadas, entre outras coisas, pelas políticas realizadas por governos que não dão resposta aos problemas prementes e reais da população; que se desacreditam aos olhos dos eleitores com políticas demagógicas a fim unicamente de ganhar eleições; que deixam a corrupção assumir dimensões nunca vistas, etc.
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