1Israel não ocupa Gaza, ao contrário do que muitos dizem. Israel abandonou unilateralmente a Faixa de Gaza em 2005, e nunca mais voltou a ocupar o território. Tem as fronteiras com Gaza fechadas, tal como o Egipto. No dia 7 de Outubro, todos perceberam as razões porque Israel não abre as fronteiras com Gaza.
Israel só ocupou Gaza em 1967, depois de ter derrotado o Egipto na Guerra dos Seis Dias. O Egipto ocupou Gaza entre 1949 e 1967. Por que razão as autoridades egípcias não deram a independência a Gaza como parte do Estado palestiniano? E por que razão o Egipto não quis Gaza quando assinou o tratado de paz com Israel em 1979 e recuperou o Sinai?
2 Todos exigem que Israel respeite o direito internacional, mas ninguém pede o mesmo ao Hamas. O direito da guerra divide-se entre as causas justas da guerra, para o recurso à força militar, o jus ad bellum; e as regras humanitárias que devem ser reconhecidas durante a guerra, o jus in bello. As regras humanitárias devem ser respeitadas por ambos os lados em conflito. O tratamento das populações civis durante o curso da guerra é uma das questões centrais do direito humanitário internacional. Vamos então comparar o que fazem o Hamas e Israel. Ninguém pode negar que no dia 7 de Outubro, quando atacou Israel, o Hamas não fez qualquer distinção entre alvos militares e alvos civis. Atacou ambos indiscriminadamente. E podia e devia ter feito essa distinção elementar porque Israel separa de um modo absolutamente claro as populações civis das instalações e das forças militares. Israel é um país que defende e protege os seus civis, uma regra central do direito das nações.
Ao contrário, o Hamas mistura indiscriminadamente a população civil de Gaza com as suas forças armadas, esconde soldados e guarda armas em escolas, mesquitas e hospitais. O Hamas nada faz para proteger a população que governa em Gaza. Faz tudo para transformar os civis de Gaza em vítimas e mártires da guerra com Israel, para depois mostrar os seus corpos nas televisões. Este comportamento é próprio de um regime brutal que impõe o terror à sua população. É uma tarefa quase impossível para Israel não atingir populações civis. O Hamas usa os civis de Gaza como escudos humanos.
Mas as violações do direito internacional por parte do Hamas não ficam por aqui. A prisão de reféns civis é uma violação flagrante do direito internacional e das leis humanitárias elementares da guerra justa.