A propósito da questão da Eutanásia não posso deixar de testemunhar que em todas as circunstâncias difíceis que vivi, nunca tive nem medo do sofrimento nem nunca desejei a morte. Simplesmente porque amo a vida e todas as pessoas que tenho à minha volta!

O sofrimento é sempre uma etapa da vida, que nos mostra o quanto a vida é boa e que por isso vale a pena lutar por ela todos os dias.

Agradece-la e aproveita-la com aqueles que amamos é um dever.

Pedir a morte, é um grito desesperado de solidão.

Vivemos tempos de enorme solidão resultante da exacerbada falta de tempo, da explosão das redes sociais na vida familiar e profissional e na fragilidade das relações que se estabelecem.

Por isso, a solidão é um sentimento que vai crescendo na sociedade.

Diante desta cultura que nos tenta dominar, surge uma pergunta de amor, porque só o amor é capaz de dar sentido à vida.

Só uma resposta de amor é capaz de vencer a morte!

A Eutanásia não é mais do que o esplendor do egoísmo em que a sociedade está mergulhada.

A Eutanásia é o grito desesperado daqueles que preferem morrer a viver num profundo estado de solidão.

Por isso, o problema que se coloca é este. Onde está a capacidade de amar aqueles que já não têm todas as competências físicas e humanas que tinham, que já parecem não ter utilidade social e até já dão trabalho a tanta gente e saem tão caros ao Estado?

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A promoção da alegria de viver está nas mãos de cada um, ao cuidar dos seus, até ao último instante.

Ao estado cabe criar as condições necessárias para que as pessoas possam viver na sociedade, junto dos seus

familiares e amigos, com dignidade até ao último instante.

Aos médicos cabe o cumprimento do Juramento de Hipócrates!

Por isso peço a todos tenham  o discernimento e a coragem de dizer NÃO à Eutanásia!

Consultora