Há alturas na vida, em que corremos o risco da perplexidade nos poder levar a pensar se não seremos nós os idiotas! O que ouvimos e vemos parece-nos tão estapafúrdio que nos podemos sentir como o condutor em contramão que acha que todos os outros é que estão mal. Ou isso, ou a hipótese contrária, isto é, que estamos perante pessoas desprovidas de qualquer capacidade de coordenar ideias pela sua condição oligofrénica responsável pela sua estupidez e imbecilidade, levando-os a agir de forma reprovável e desonesta, dissimuladamente e como quem finge ser o que não é, ainda assim com uma confiança desmedida em si mesmos que os torna presunçosos, arrogantes e insolentes, retirando prazer na humilhação dos que toma por inferiores.

As primeiras características, ou seja, estarmos perante pessoas incapazes de coordenar as suas próprias ideias, demonstrando a imbecilidade, leva-os a um diagnóstico perto da oligofrenia. É a condição daqueles a quem também chamamos IDIOTAS.

As segundas características, isto é, estarmos perante pessoas que fingem ser o que não são, enquanto dissimuladamente agem de forma reprovável e desonesta, dando os maiores ares de ingenuidade, são aquelas que atribuímos aos que dizemos serem SONSOS.

As terceiras características são aquelas que afectam quem se acha poder fazer tudo para além das medidas que impõem aos outros, porque se acham superiores, sendo donos de um orgulho e auto-confiança desmedidos, tornando-os assim presunçosos, arrogantes e insolentes e chegando a retirar prazer na humilhação de outros. É aquilo a que chamamos, como conceito, a HÚBRIS.

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Aqui chegados, nesta pequena lista que não afasta a existência certa de mais algumas, imagine quem lê estas linhas, que as três características se reconhecem simultaneamente numa mesma pessoa!

Que me seja perdoada a maldade e até correndo o risco de que me seja retribuída como acção reflexa o que acabo de dizer e que aplicarei a quem vou apontar de forma humilhante. Mas, pensando na junção dos três conjuntos de características, não consigo deixar de pensar de forma imediata e quase instintiva, em quatro sujeitos nossos concidadãos:

  • JOSÉ SÓCRATES Carvalho Pinto de Sousa, de forma descarada, fumando num avião a 33.000 pés de altitude, logo depois de ter aprovado a lei de que proibia todos os outros concidadãos de o fazer, fazendo de nós parvos, alegando que só o fazia por que se tratava de um voo charter e, não sendo jurista (nem engenheiro, já agora), não imaginava ser-lhe aplicada tal norma! Ou alegando imbecilidades até à exaustão, passando a acreditar nas suas próprias palavras, depois de dissimular a origem “daquilo de que gosta muito” numa putativa sucessão testamentária com origem numa longínqua exploração de volfrâmio, a qual originou a fortuna que a sua humilde mãe, nunca a querendo para si, transmitiu tão amorosa e altruisticamente a este seu filho extraordinário que pairava acima dos comuns cidadãos, até nas amizades generosas que fazia. Ou, governando perdularia e descuidadamente, nos tentou explicar afectadamente e numa oratória que usava como se detentor de uma superioridade pedagógica, pois ele e só ele bem sabia o que fazia, até teve o mérito de negociar um plano obrigatório e incontornável para o governo seguinte, com base na grandeza do reconhecimento da necessidade de pedir uma intervenção externa. Mas só porque a gente inferior do maior partido da oposição, o PSD, lhe havia vetado antes um PEC IV que tudo salvaria e assim tudo estragou! E por aí fora, num conjunto de características, também chico-espertas (ainda que agora inteligentemente geridas pelo conhecimento que contratou para a dilação até à prescrição), acima identificados para os IDIOTAS, SONSOS e donos de uma insuportável HÚBRIS.
  • Ou, JOÃO Saldanha de Azevedo GALAMBA, que jovem e depois homem do partido, deputado, comentador, secretário de estado e, finalmente, ministro, imbecilmente se dava ares de arrogância na tentativa de demonstrar superiormente o injustificável, sem jamais reconhecer qualquer culpa ou comportamento menos próprio, dele ou dos dele, exceto quando achava que o comportamento destes últimos o aproveitassem. Mas sempre, sempre mesmo, não só disponível como preparado para as funções que sempre exerceu por direito próprio que só ficava em dívida à sua própria e inquestionável superioridade. Tudo um conjunto de características que surgem nas definições de IDIOTAS, SONSOS e donos de uma insuportável HÚBRIS.
  • Ou ANTÓNIO Luís Santos da COSTA, que de perdedor de eleições, não pôde sequer suportar que isso o diminuísse, fazendo da derrota uma vitória, passando por cima da decisão de todo um povo votante. Dali se fez e cresceu, conseguindo convencer muitos outros, de que era quem não é, mesmo quando, incapaz de demonstrar o desperdício e a falta de aproveitamento do bazuca que pediu, atribui as culpas a factos que haviam já justificado a atribuição da bazuca, ou a responsabilidade a outros, pois que a culpa é sempre de terceiros, mas nunca dele. É que ele, nunca traindo a sua natureza, arrogantemente continuou sem coordenar as próprias ideias (ou o seu governo e os seus ministros – excepto o João Soares que se esqueceu que até à mesa do café se é ministro, mas só ele), dizendo ontem o contrário do que diz hoje e descobrindo amanhã ainda uma terceira forma de o proclamar. Do cimo da sua arrogância enquanto, dissimuladamente, dava ares de “virgem ofendida” quando se lhe aponta o comportamento reprovável e desonesto. Tudo, sem nunca abandonar a presunção de quem questiona a legitimidade das perguntas de quem é pago para as fazer ou para o fiscalizar, como os deputados legitimamente eleitos (ou não nos lembramos dos episódios trocistas e de discussões arrogantes que teve, não tendo ele sido eleito primeiro-ministro, que isso não existe, com o deputado Coelho Lima entre tantos outros, esses sim, legitimamente eleitos para o questionar), chegando a tirar prazer da humilhação que infringe e sabe infringir aos outros. Como bem se lembram alguns deputados. Como bem se lembra o professor que teve o atrevimento, a audácia, o descaramento insuportável de o questionar sobre quem é que havia congelado a sua carreira, antes de a descongelar. Como bem se lembram alguns jornalistas, como aquela que, há uns anitos, por de trás de um carro, o tentava interrogar. Ou quando empurrou furioso, um velhote (ou deveria dizer antes, cidadão sénior?) que se atrevera a incomodá-lo. Tudo isto e mais ainda, preenchem as características associadas aos IDIOTAS, SONSOS e donos de uma insuportável HÚBRIS.
  • E agora, sem dúvidas, para quem ainda as tivesse, PEDRO NUNO de Oliveira SANTOS, desde que era imberbe a trabalhar para o partido, secretário de estado, ministro e agora secretário-geral dos camaradas socialistas que, se voltarem a ganhar ou a perder as eleições (tanto faz) arrisca-se a ser convidado para formar governo? Lugar que conhece bem por lá ter passado os últimos oito anos, incapaz de coordenar as próprias ideias ou o que diz em contradição, agindo dissimuladamente de forma reprovável e desonesta desmentindo as suas próprias ordens passadas, cheio de orgulho numa obra que julga ter feito e da autoconfiança desmedida na vitória que espera ter? Crente de que os portugueses continuarão sempre a fazer a mesma coisa esperando um resultado diferente (bem, é melhor eu não ir por aqui!). Tudo enquanto ele se faz de ingénuo porque, apesar de ter sido legislador, secretário de estado responsável pelas relações com os legisladores, ministro de decisões submetidas a pareceres jurídicos, vem agora dizer que não tinha obrigação de conhecer uma norma porque não era jurista? É que para todos os outros portugueses aplica-se o artigo 6º do Código Civil que determina que “A ignorância ou má interpretação da lei não justifica a falta do seu cumprimento nem isenta as pessoas das sanções nela estabelecidas”, mas para ele e a ele não se aplica?

Sim, o senhor candidato a deputado que se julga candidato a um cargo para o qual a legislação portuguesa não prevê candidatos, mas apenas nomeações (ora vejamos lá o artigo 187º, número 1 da Constituição da República Portuguesa) acha que poder fazer tudo para além das medidas que impõem aos outros, porque se acha superior sendo dono de um orgulho e auto-confiança desmedidos, tornando-se assim presunçoso, arrogante e insolente e chegando a retirar prazer na humilhação de outros? É que, se assim for, o senhor secretário-geral do PS, comos os atrás citados, preenche as características associadas aos IDIOTAS, SONSOS e donos de uma insuportável HÚBRIS.

A ironia disto tudo, para além do facto de serem todos socialistas e até seus secretários-gerais, as definições de idiota, sonso e donos de uma insuportável HÚBRIS servem-lhes que nem uma luva. Como, estou certo, que dadas as condições, servem na perfeição também ao Ventura. Mas eles são os mesmos que se opõem ao líder do PSD, acusando-o de ser o contrário, isto é, alguém de quem se pode dizer que se aplica a sofrósina, o oposto à húbris, que é a virtude da prudência, do bom senso e do comedimento.

Mesmo correndo o risco de pedantismos, há que dizer: haja vergonha! Mas, como “diria o outro”, «e o idiota e sonso com húbris sou eu»?