Na passada sexta-feira, numa reunião nacional de reflexão estratégica da Universidade Católica, José Soares dos Santos (presidente executivo da Sociedade Francisco Manuel dos Santos) foi o orador (externo) convidado. Numa vigorosa e estimulante intervenção, que não seria possível resumir aqui, sublinhou uma mensagem muito clara e vigorosa: o que as empresas e o mercado pedem às universidades é que estas promovam entre os seus licenciados a cultura geral, a criatividade associada à vontade e capacidade de aprender, e a coragem intelectual de ter uma opinião informada e de saber defendê-la.
O conhecimento técnico é seguramente também muito importante, argumentou José Soares dos Santos, mas as empresas saberão desenvolver e aperfeiçoar essa vertente (talvez até melhor do que as universidades, terá eventualmente ficado subentendido). Mas o que as empresas não podem dar e só a Universidade pode estimular é a cultura geral e a disposição para aprender e para assumir opiniões de maneira informada e corajosa — a educação para os valores, chamou-lhe José Soares dos Santos.
Não deveria ser necessário recordar que este argumento de José Soares dos Santos corresponde à visão clássica da missão da Universidade, tal como ela emergiu na Grécia antiga, há 2500 anos, e re-emergiu na Europa medieval cristã: “a busca da Verdade, do Bem e do Belo”, é a definição clássica da missão da Universidade.
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