Em tempo de comemorações do 25 de Abril, o PCP prepara-se para mais uma tentativa de capturar os créditos da Liberdade.

Coincidência, ou capricho do destino, a data representa, também, o fim da obrigatoriedade do uso de máscara e a do PCP caiu, e caiu com estrondo.

A defesa mal escondida de Putin, e do seu regime tirano, não só coloca o PCP do lado errado da história, como esclarece a história do partido e a nossa história recente.

O partido que sempre quis fazer sua uma revolução que nasce com um golpe militar e depois conquista a adesão popular, é o mesmo partido que sente incómodo indisfarçável com o 25 de Novembro, data que marca a consolidação da democracia, que coloca um ponto final nessa entidade bizarra, que tudo podia fazer sem ter recebido qualquer mandato, que foi o Conselho da revolução.

Hoje são indisfarçáveis os propósitos do PCP, pretendia que o 25 de Abril fosse a substituição de uma ditadura de direita por uma ditadura de esquerda. Uma ditadura às ordens de Moscovo, um país satélite e fantoche, com um povo subjugado ao comité central de Moscovo.

Os mesmos que querem fazer seu um golpe militar são capazes, sem corar de vergonha, sem qualquer pudor, com descaramento sem igual, de negar à Ucrânia, invadida, o direito de se defender do invasor.

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Não aceitam a resistência do povo Ucraniano, não sentem a obrigação de ser solidário com quem dá a vida pela liberdade, não reconhecem bravura nem  sentem qualquer admiração perante quem não capitula face ao poder tirano.

Para o PCP a Ucrânia deveria render-se, aceitar sem lutar a morte do seu povo, as mães deveriam oferecer os seus filhos ao Kremlim e os militares deveriam poisar as armas ajoelhando-se perante os oligarcas que se alimentam da guerra. Um povo que não luta pela sua Pátria não merece existir.

A Paz do PCP é a paz dos cemitérios, não só dos cemitérios dos homens, mas também dos cemitérios da coragem, dos cemitérios da dignidade, dos cemitérios da liberdade.

O partido que se mascarou de valentia revelou a maior das cobardias, a subserviência pelo medo. Para o PCP, apoiar a vítima, apoiar a Ucrânia invadida, é escalar o conflito é amplificar a guerra, é a insuportável resistência à resignação.

Por maior que seja a foice e o martelo, é hoje impossível esconder a subserviência, a resignação, a cobardia daqueles que até há muito pouco tempo se faziam passar por valentes e por autores matérias da revolução.

Se em Abril os militares pensassem como pensa o PCP, a revolução nunca teria existido.

Se em Abril a vontade de liberdade se acobardasse perante o medo das aramas o golpe militar nunca teria saído dos quarteis e a revolução jamais teria existido.

A paz que o PCP apregoa é a paz dos mortos, a paz que substitui a coragem por sangue, a paz simbolizada pela pomba de sangue, a pomba vermelha.

A forma mais digna que hoje temos para comemorar a Liberdade é apoiar quem luta por ela.

É apoiar a Ucrânia, por mais barulho que faça o PCP (PZP) a atitude de Portugal não pode esgotar-se numa solidariedade vazia, em simples palavras de incentivo ou no reconhecimento da bravura Ucraniana, Portugal tem de apoiar materialmente esta luta pela liberdade.

Para os verdadeiros democratas, quando um luta pela liberdade, lutamos todos, todos estão convocados e Portugal tem de dizer presente.