Numa altura em que a Assembleia da República foi dissolvida e as eleições legislativas foram marcadas para o dia 30 de janeiro, os portugueses são obrigados a confrontarem-se com o país que temos após seis anos de governação do Partido Socialista sob a liderança de António Costa. Esse confronto levará a que cada um de nós reflita também sobre que Portugal queremos projetar no futuro e no mundo.
Portugal encontra-se à deriva, mergulhado numa trajetória sem rumo no que toca ao desenvolvimento socioeconómico. Ultrapassados por diversos países europeus, encaminhamo-nos para o pódio da “cauda da Europa”. Se no passado, no que diz respeito ao ranking europeu do PIB per capita, era impensável ficar atrás dos países do Leste europeu, hoje é uma realidade.
Passados estes seis anos de governação socialista, em que é que estamos melhor? O Estado tem o dever de dar resposta em tempos de crise e na educação falhou. Falhou num dos mais básicos direitos das crianças e dos jovens – o acesso à educação. Perante a pandemia da COVID-19 e a emergência da telescola imperou a obrigação da distribuição, em tempo útil, de computadores pelos alunos. Tal não aconteceu, com a grave consequência da agudização das desigualdades.
Na saúde? António Costa e Marta Temido prometeram assegurar um médico de família para todos os portugueses. No entanto, não só conseguiram aumentar o número de pessoas sem médico de família, como não conseguem fixar os profissionais de saúde no SNS – os tais que não são “resilientes”. Temos hoje um milhão de pessoas sem médico de família. Nos cuidados de saúde primários, que se pretendem cuidados de proximidade, os portugueses têm meses de espera pela frente para uma consulta. Os tempos de espera são de facto um flagelo – há consultas hospitalares ou cirurgias em que o tempo de espera pode ultrapassar um ano.
Na economia? Os empresários estão asfixiados em impostos e as suas empresas encontram-se descapitalizadas, sem qualquer apoio robusto para o investimento ou sem qualquer incentivo à exportação. Se ambicionamos melhores salários e melhores condições de trabalho, porque tratarmos tão mal aqueles que criam postos de trabalho?
Na juventude? Em cada quatro jovens, três recebem menos de 950 euros por mês. Como será possível um jovem se emancipar, sair de casa dos pais tendo em conta este rendimento face o valor de uma renda ou de aquisição de um imóvel? Como pode um jovem ter, pelo menos, 10% de entrada na compra de uma casa? Quais os incentivos que uma jovem família tem para pensar em ter um filho com estes rendimentos? Não posso compactuar com uma governação em que a família ou o local onde uma criança nasce é o principal determinante da possibilidade da sua emancipação enquanto jovem adulta. A emancipação jovem não pode ser apenas um sonho.
Portugal precisa urgentemente de uma alternativa ao Partido Socialista. Uma alternativa que só pode ser corporizada pelo Partido Social Democrata.
A social-democracia portuguesa assenta no respeito pela dignidade da pessoa humana – respeitando o direito ao acesso à saúde, à educação e à liberdade. Liberdade que está comprometida pela ausência de estratégia socialista que asfixia os portugueses. Com o PSD os portugueses poderão ter esperança num futuro melhor, num país com rumo e com uma estratégia traçada e assente no crescimento económico, na redução da carga fiscal dos portugueses e das empresas e no reformismo que sempre caracterizou o PSD.
Não podemos continuar a ser um dos piores países da União Europeia. Tal não corresponde ao espírito, ao inconformismo e à resiliência do povo português. Os portugueses ambicionam viver num país que não seja notícia pela corrupção mas sim pela sua qualidade de vida. Um país onde os serviços públicos tenham garantia de qualidade e correspondam ao nível de impostos que se paga todos os meses. Um país que seja governado com seriedade, com competência e com o interesse nacional em primeiro lugar.
Só há uma forma de os portugueses terem o país que ambicionam. Se o PSD vencer as eleições no próximo dia 30 de janeiro e se Rui Rio for primeiro-ministro de Portugal.