Quando se discute a energia em 2022, bem se pode dizer que esta é uma questão de clima. Em primeiro lugar, fala-se no clima político global, desafiante, sobretudo devido à situação na Ucrânia, onde lavra um conflito sem fim à vista e que, mesmo quando tiver fim, será seguido por um longo período de reconstrução e processo de regresso a uma vida tão semelhante à do pós-guerra, quanto possível.

Com ligação direta ao clima político, está o clima económico, que devido ao mesmo fator – guerra – está a fazer com que o preço de inúmeros bens suba rapidamente. A energia não só não escapa à tendência, como parece ser um dos itens que mais inflação sofrerá a muito curto prazo. É altura para, mais do que nunca, regressar à discussão da não dependência energética de países terceiros e, como nunca, atuar em conformidade.

O que nos leva, literalmente, ao clima. Literalmente, ao clima. Num país como Portugal, onde o sol brilha quase todo o ano, parte da solução passa por uma aposta na energia solar como forma de obter maior independência energética, uma fonte limpa de energia e claro, com vantagens económicas. Segundo a Solar Industry Research Data, SEIA, o custo da geração de eletricidade por energia solar decresceu 75% desde o início do século.

As famílias e organizações não começarão a diminuir custos de um dia para o outro com a aposta nas energias renováveis, é certo, mas, quanto mais depressa optarem por energias alternativas, mais depressa poderão começar a poupar e ser energeticamente independentes. E, de facto, essa é uma tendência que se tem vindo a alastrar em Portugal nos últimos anos. Numa primeira fase, foram as pequenas e médias empresas a aderir ao poder do sol, seguindo-se empresas cada vez maiores, instituições governamentais e famílias.

Quando falamos em energias renováveis não falamos apenas nas vantagens em termos de poupanças, mas também num contributo para a redução da nossa pegada ecológica. A sustentabilidade é uma questão crítica e crucial, que vai determinar o nosso futuro, e há muito em jogo. Por isso, é importante que estejamos atentos às alternativas que temos ao nosso dispor, num caminho conjunto para um futuro mais sustentável.

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