O secretário da Defesa norte-americano, Ash Carter, alertou esta segunda-feira, à BBC, para o risco de vir a ocorrer no verão uma ofensiva militar dos separatistas pro-russos — os mesmos que que proclamaram a independência da Crimeia e posterior anexação à Rússia — no território ucraniano. “Estamos atentos as movimentações russas e às movimentações dos separatistas. É uma possibilidade muito séria e um perigo igualmente sério”, referiu.
Horas mais tarde, a CNN divulgou um vídeo da Marinha norte-americana onde se vê um caça Su-24 da Força Aérea russa a ladear o navio de guerra USS Ross. Na verdade não foi somente um, mas seis aviões que terão sobrevoado o navio, a uma distância estimada de quinhentos metros, e uma altitude de seiscentos pés (182 metros), segundo a CNN.
O avistamento de aviões russos em águas internacionais não é uma novidade. Em outubro dois bombardeiros Tupolev foram escoltados para fora do espaço aéreo português por F-16 da Força Aérea portuguesa, mas a novidade deste vídeo é precisamente territorial. É que os aviões, que segundo a Marinha norte-americano não transportavam armas, sobrevoavam águas internacionais a cerca de 25 milhas náuticas da costa da Crimeia, no Mar Negro.
O vídeo acaba por desmentir as notícias que vinham sendo divulgadas na imprensa russa, e que diziam que os caças foram enviados para desviar o navio de guerra USS Ross, que, afirma a CNN, não alterou a sua rota.