Não se avistaram por lá os 300 bravos espartanos que não recuaram diante do exército persa. Nem foi propriamente uma batalha, nem foi bem, bem em Termópilas, na Grécia. Aconteceu neste fim de semana, aqui mesmo ao lado, em Madrid, e participantes foram mais de 12 mil. Chamam-lhe a Spartan Race (o nome diz tudo) e é tida como a mais dura corrida de obstáculos do mundo.

A prova começou em 2010, no estado norte-americano de Vermonte, e, no entretanto, já se estendeu a mais de 60 países, havendo até um ranking internacional de atletas e um campeonato do mundo (anual) da Spartan Race. Portugal ainda não teve a sua edição, mas em Espanha a prova começou em 2014, primeiro em Madrid e depois em Barcelona, e já em 2015 andou por Valência. A edição de maio em Madrid bateu todos os recordes e viu crescer de oito para 12 mil o número de inscritos.

A questão é: inscrever-se-ia numa prova em que tem de carregar com troncos de 15 quilogramas, sacos de areia com mais ainda, trepar muros de três metros de altura e saltar, depois, para um fosso enlameado? Calma, há mais. A Spartan Race está dividida em duas modalidades: o Sprint de cinco ou 15 quilómetros e a favorita da maioria, a Super de 13,5 quilómetros e 21 obstáculos. Tudo por entre terra, muita lama, e, pelo meio, ainda dá por si a rastejar sob arame farpado e a pular sobre brasas. É, de facto, para “espartanos” modernos. Ou loucos.

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