Entre 2 e 8 de outubro chegaram mais de 35 mil refugiados à Grécia, o que corresponde a um aumento de 124% em relação ao total de chegadas da semana anterior. Na Croácia, o número sofreu um decréscimo, na ordem dos 41%, e em Malta não foram registadas novas entradas, até o momento. O despiste é feito no Missing Migrants, um site que localiza o fluxo de refugiados

Além das chegadas, o site permite ainda analisar a origem e rotas, e contabiliza ainda os migrantes mortos ou desaparecidos. Em 2014, cerca de cinco mil migrantes perderam a vida no mundo todo. E só nos primeiros oito meses de 2015, já morreram 3900 pessoas.

A ferramenta pertence à Organização Internacional para a Migração.

A Agência Europeia de Gestão de Fronteiras, Frontex, também divulga novos dados em comunicado: à União Europeia chegaram mais de 710 mil migrantes nos primeiros nove meses deste ano, contra um total de 282 mil em todo o ano passado.

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A Frontex  confirma que as ilhas gregas no mar Egeu, especialmente Lesbos, continuam a ser as mais afetadas pelo fluxo migratório sem precedentes e receberam, entre janeiro e setembro, cerca de 350 mil imigrantes, continuando a Síria a ser o principal país de origem dos imigrantes.

A chegada em massa de imigrantes às ilhas gregas, afirma a agência, continua a ter um impacto direto na rota dos Balcãs Ocidentais. A Hungria reportou mais de 204 mil detenções nas suas fronteiras, um número 13 vezes superior ao mesmo período em 2014.

A agência aponta que em setembro foi detetada nas fronteiras externas da União a chegada de 170 mil pessoas, contra 190 mil em agosto e que existe uma crescente carência de barcos na Líbia e o agravamento das condições meteorológicas levaram a que o número de imigrantes que chegaram a Itália tenha caído para metade em setembro, para 12 mil, comparativamente a agosto.

A Frontex insiste que “é necessária assistência de emergência, sobretudo para Grécia e Itália, para ajudar a registar e identificar os recém-chegados”.

“No início do mês, solicitei aos países da UE que disponibilizem à Frontex mais guardas fronteiriços que possam assistir estes dois países a lidar com este fluxo migratório sem precedentes. Espero que recebamos contributos adequados, que demonstrem o verdadeiro espírito de solidariedade europeia”, declarou o diretor-executivo da agência, Fabrice Leggeri.