“Poupa a tua energia, Rex, vamos fazer o que tem de ser feito”, escreveu este domingo o presidente norte-americano Donald Trump no Twitter, em resposta à notícia de que Washington estaria a tentar “linhas de comunicação diretas” com Pyongyang, segundo o secretário de Estado Rex Tillerson.

O aviso é feito a Tillerson, depois deste ter dito que o regime norte-coreano tinha “pouco interesse” no diálogo.

É mais uma escalada na guerra de palavras entre EUA e Coreia do Norte nos últimos meses, com as ameaças a ganhar contornos mais extremos desde o sexto (e mais recente) ensaio nuclear levado a cabo por Pyongyang a 3 de setembro.

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O tweet chegou um dia depois do anúncio de Tillerson que dava conta dos canais de comunicação abertos para facilitar as relações com Pyongyang. Sobre a possibilidade de a Coreia do Norte chegar à mesa de negociações, o secretário de estado respondeu: “Estamos a avaliar, fiquem atentos”. Contudo, pouco tempo depois confirmou que não havia progresso a noticiar.

Tillerson falou à comunicação social durante uma visita à China, o maior parceiro político e económico de Pyongyang, que já na semana passada pôs em prática as sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, nomeadamente no que diz respeito à atividade empresarial norte-coreana dentro da China.

China encerra empresas norte-coreanas a operar no país

A Coreia do Norte e os Estados Unidos têm acelerado a retórica de guerra nos últimos meses. Pyongyang aumentou os esforços no desenvolvimento de um míssil balístico intercontinental capaz de atingir a costa oeste dos EUA e, por sua vez, Washington aumentou a presença militar na península coreana e no Mar do Sul do China.

Da parte da ONU há condenação geral, tanto António Guterres como as maioria dos países apelam ao fim do programa nuclear. Só a Rússia se abstém, alegando que os EUA precisam de retirar a presença militar da zona.

Guterres na ONU: “O mundo tem medo de uma guerra nuclear”