O Governo da Somália anunciou esta quinta-feira que está a acompanhar de perto a “perigosa decisão” do Presidente Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.
“Estamos a instar o Governo dos Estados Unidos a reconsiderar, seriamente, os riscos que esta decisão pode ter no futuro do Médio Oriente e no mundo em geral”, referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Somália.
Na declaração, a Somália também solicita que os “árabes, muçulmanos e outros países” redobrem os seus esforços para encontrar uma solução para a questão da Palestina, de modo a por fim à crise na região.
O documento garante que o Governo da Somália e o seu povo estão preparados para apoiar a luta da Palestina “pelos seus direitos”.
Donald Trump anunciou na quarta-feira que os Estados Unidos reconhecem Jerusalém como capital de Israel e que vão transferir a sua embaixada de Telavive para Jerusalém, contrariando a posição da ONU e dos países europeus, árabes e muçulmanos, assim como a linha diplomática seguida por Washington ao longo de décadas.
Os países com representação diplomática em Israel têm as embaixadas em Telavive, em conformidade com o princípio, consagrado em resoluções das Nações Unidas, de que o estatuto de Jerusalém deve ser definido em negociações entre israelitas e palestinianos.