Seis partidos espanhóis com representação parlamentar estarão ausentes da proclamação de Felipe VI como rei de Espanha na quinta-feira, numa cerimónia que decorrerá numa sessão conjunta das Cortes Gerais espanholas. Já confirmadas estão as ausências dos 25 deputados da Esquerda Plural (EP), Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), Amaiur, Bloco Nacionalista Galego (BNG), Geroa Bai e Compromis.

Todos votaram contra a lei orgânica da abdicação do rei Juan Carlos e defendem um referendo em Espanha sobre o modelo de Estado, criticando a sucessão na coroa espanhola. Gaspar Llamazares, da Esquerda Unida (IU) confirmou nesta terça-feira que o seu grupo não participará, considerando que depois defender um referendo sobre o Estado seria “uma contradição profunda” estar na proclamação do novo rei.

Os sete deputados da força basca Amaiur já tinham estado ausentes da votação da lei de abdicação, tendo aproveitado o debate para relacionar Juan Carlos com tortura de Estado e de o qualificar como herdeiro de Franco. “Monarquia rua. Viva o País Basco livre e republicano”, disse na altura o porta-voz da organização, Sabino Cuadra.

Vozes críticas também da Esquerda Republicana da Catalunha que, segundo o seu porta-voz, Alfred Bosch, deixaram claras as razões de votarem contra a sucessão. “Os povos não se herdam” nem são “um móvel que passa de pai para filho”, disse na altura do debate no Congresso. No ato de proclamação de Felipe VI, na quinta-feira, estarão representantes dos nacionalistas conservadores catalães da CiU e bascos do PNV.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR