Depois de 25 fundadores do Partido Socialista terem apoiado publicamente a candidatura de António Costa à liderança do partido, agora é a vez da Juventude Socialista manifestar formal e publicamente o seu apoio ao atual autarca da Câmara Municipal de Lisboa. De acordo com o Público, nove dos onze antigos líderes da Juventude Socialista subscreveram um manifesto, que considera “indispensável” que “António Costa seja o candidato do partido a primeiro-ministro de Portugal”.

Ao lado de Costa estão João Torres, atual líder da JS, Arons de Carvalho, fundador e primeiro líder da juventude partidária, Sérgio Sousa Pinto, líder da organização que protagonizou propostas como a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, José Leitão, Margarida Marques, José Apolinário, Duarte Cordeiro, Pedro Nuno Santos e Pedro Delgado Alves. Fora da lista de signatários da declaração de apoio só ficaram Jamila Madeira, que faz parte da atual direção do partido, e o próprio António José Seguro, que convocou para terça-feira uma reunião da Comissão Política “rosa” para aprovar a comissão eleitoral das eleições primárias socialistas de 28 de setembro.

Os signatários do documento invocam a “capacidade” de Costa “para construir pontes e mobilizar vontades” e consideram o atual presidente da Câmara de Lisboa “uma alternativa política sólida, clara e de esquerda que contrarie a incerteza e o desencanto”. Os antigos líderes da JS aproveitam para apelar “ao debate interno e externo, ao respeito pelas regras democráticas de transparência e de participação” para que “a confiança dos portugueses na política, nos políticos, nos partidos políticos, na democracia” seja “reconquistada”.

“Fomos conversando e achámos que, no quadro da atual discussão eleitoral, faria sentido uma posição conjunta destas pessoas que têm uma ideia clara. António Costa reúne as condições para liderar o partido e ser o futuro primeiro-ministro de Portugal”, disse à Lusa o deputado Pedro Delgado Alves, que chefiou a JS entre 2010 e 2012. “Quisemos demonstrar o nosso apoio de forma concertada, uma vez que todos conhecemos, por termos servido aquela organização e o partido, aquilo que é necessário para mobilizar o PS e a sociedade. Há pessoas de diversos períodos e, portanto, uma transversalidade grande”, acrescentou Delgado Alves.

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