O exército israelita pediu esta quarta-feira a cerca de 100 mil habitantes abandonem as suas casas no norte da Faixa de Gaza, informaram fontes militares. Correspondentes da AFP viram folhetos lançados sobre o bairro Zeitun, e moradores desta e de outras zonas também relataram ter recebido gravações de voz e mensagens de texto nos seus telefones instando-os a saírem pelas 5h GMT (6h em Lisboa).

De acordo com as leis humanitárias, quando um exército vai realizar uma operação numa zona onde vivem civis deve avisá-los antes para que possam abandonar essa área. É isso que o exército israelita tem vindo a fazer durante esta operação na Faixa de Gaza.

Os bombardeamentos da noite passada terão causado a morte a pelo menos sete pessoas, elevando para 204 o número de vítimas da operação iniciada na semana passada, de acordo com os serviços médicos palestinianos.

Dois homens morreram num ataque aéreo lançado contra uma casa em Rafah (no sul), enquanto outro bombardeamento causou a morte de um jovem descrito por testemunhas como um ativista da ‘Jihad’ islâmica.

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Um quarto indivíduo morreu noutro ataque em Rafah e um jovem de 19 anos foi abatido num raide que visava a casa do seu pai em Khan Younès, no sul do enclave.

Uma hora depois, um carro israelita na fronteira perto de Khan Younès abriu fogo, provocando a morte de duas pessoas, segundo o porta-voz dos serviços de urgência, Ashraf al-Qudra.

Aviões de combate israelitas bombardearam na quarta-feira a residência de um alto responsável do Hamas, Mahmoud al-Zahar, anunciaram responsáveis israelitas no nono dia da operação militar.

As habitações de outros responsáveis do Hamas foram visadas noutros ataques aéreos, segundo fontes de segurança e testemunhas.

Desde o dia 8 de julho, militantes do Hamas atiraram mais de mil ‘rockets’ contra o território israelita – causando um morto na terça-feira – enquanto Israel levou a cabo 1.500 raides na Faixa de Gaza, segundo o exército israelita.