A fraude detetada nas despesas da União Europeia atingiu em 2013 o valor de 248 milhões de euros, o que representa menos de 0,2% de todos os fundos, revela um relatório divulgado nesta quinta-feira em Bruxelas.

De acordo com o relatório anual da Comissão Europeia sobre a proteção dos interesses financeiros, a fraude contra o orçamento da União Europeia (UE) detetada pelas autoridades nacionais diminuiu em 2013 face a 2012, tanto do lado das despesas como do lado das receitas: de 315 milhões de euros para 248 milhões e de 77,6 para 61 milhões de euros, respetivamente.

No entanto, embora o impacto financeiro global da fraude nos fundos da UE tenha diminuído no ano passado, o número de casos assinalados nas despesas da UE aumentou em comparação com o ano anterior, aponta o relatório, segundo o qual “tal pode dever-se a medidas mais firmes para detetar a fraude numa fase inicial, o que se traduz numa redução do montante global dos fundos afetados”, e ser também “sinónimo de uma melhor comunicação em matéria de fraude por parte de alguns Estados-membros”.

Ainda assim, a Comissão defendeu no documento que os Estados-membros devem reforçar os seus esforços para impedir, detetar e comunicar casos de fraude que afetem os fundos da UE, apresentando mesmo recomendações relativas a domínios a que as autoridades nacionais devem dar especial atenção neste contexto.

“Nos últimos cinco anos, a Comissão elevou a luta contra a fraude para um novo patamar. O nosso compromisso de proteger da fraude o dinheiro dos cidadãos está bem patente no rigor e na ambição das novas regras, iniciativas e quadros que apresentámos. Chegou o momento de os Estados-membros desempenharem o seu papel de forma mais eficaz. Têm de reforçar a sua ação em matéria de prevenção, deteção e repressão de todos aqueles que tentam defraudar o orçamento da UE”, defendeu o comissário europeu da Fiscalidade, Algirdas Semeta.

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