O primeiro-ministro, Passos Coelho, disse no sábado em Bruxelas que acredita que Portugal poderá ter uma pasta “significativa” na próxima Comissão Europeia e que satisfaça as pretensões do Governo. Em conferência de imprensa após a cimeira europeia de cerca de sete horas, Pedro Passos Coelho adiantou que na próxima semana Jean-Claude Juncker, presidente indigitado da Comissão Europeia, já “terá condições de apresentar a lista dos comissários e já com os pelouros”.

Sobre a pasta que caberá a Carlos Moedas, nome indicado por Portugal para comissário, o chefe do Governo afirmou que teve oportunidade de trocar impressões com Juncker sobre o assunto, mas não quis dar pormenores. Ainda assim, disse que acredita que a pasta cumprirá as pretensões do executivo: “Julgo que Portugal poderá ter uma pasta que será significativa e que pode ser também importante para as pretensões de Portugal”, declarou.

Sobre a necessidade de a Comissão ter mais mulheres, o primeiro-ministro disse que esse não é um problema apenas de Portugal e garantiu que não retrocede na escolha de Carlos Moedas. “Do meu lado, posso apenas acrescentar que não tenciono apresentar um novo nome, na medida em que o governo português indicou um bom nome”, acrescentou.

A 1 de agosto, o Governo anunciou que escolheu Carlos Moedas, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, para integrar a “Comissão Juncker”, restando saber que pasta lhe será atribuída Há três anos a ocupar o cargo, Carlos Moedas, de 44 anos, foi um dos protagonistas nas negociações com os representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (‘troika’).

A futura Comissão deverá iniciar funções a 1 de novembro – o atual executivo liderado por José Manuel Durão Barroso termina o seu mandato a 31 de outubro -, mas todos os 27 comissários nomeados terão antes que ser aprovados pelo Parlamento Europeu, depois de audições que deverão ter lugar durante o mês de setembro. O Parlamento Europeu advertiu já por diversas vezes que chumbará um executivo com uma representação feminina inferior àquela verificada na ‘Comissão Barroso’, que integrou nove mulheres.

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