Se, por acaso, recebeu um pedido de amizade de Marcelo Rebelo de Sousa no Facebook, lamento informá-lo, caro leitor, de que esse perfil é falso. “Sou eu mas não sou eu. Anda alguém em meu nome a fazer pedidos de amizade. Há algum engraçudo que por mim está no Facebook”. Foi desta forma que o social-democrata respondeu, quando questionado no domingo à noite durante o seu habitual espaço de comentário na TVI, sobre a sua presença na rede social de Mark Zuckerberg. Isto porque, desde domingo, que foi criado um perfil falso do comentador, que já conta com pouco mais de uma dezena de amigos.

O perfil em questão é bastante sucinto no que toca a detalhes pessoais, mostrando apenas o básico: local de trabalho, onde estudou, onde vive e o facto de que está numa relação. Nas páginas preferidas pode-se ver a Seleção Portuguesa de Futebol e uma página referente a Manuela Ferreira Leite. Nas citações preferidas, uma frase alusiva a um sketch dos Gato Fedorento em que Ricardo Araújo Pereira personifica o social-democrata, enquanto tece um comentário sobre o aborto: “é proibido mas pode-se fazer”.

facebook marcelo

Numa altura em que o nome do social-democrata é um dos apontados para a corrida a Belém, em 2016, até não seria de estranhar a criação de um perfil naquela que é uma das maiores redes sociais do mundo. Mas a verdade é que, além de o professor já ter garantido que não era ele por detrás da página (até porque já teve um perfil oficial que abandonou em 2009), já existem duas outras páginas, mais antigas, de apoio à candidatura de Marcelo à Presidência da República.

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A página “Marcelo Rebelo de Sousa a Presidente da República” foi criada em junho de 2013 e na descrição pode ler-se que se trata de um “movimento de cidadãos independentes de apoio ao Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa a Presidente da República nas eleições de janeiro de 2016. Nomes como José Miguel Júdice, Diogo Freitas do Amaral, Carlos Carreiras, Luís Marques Mendes, Paulo Rangel e Rui Rio apoiam a sua candidatura”. A página conta com quase 800 fãs e tem servido como repositório de notícias sobre o social-democrata.

A outra página, “Marcelo Rebelo de Sousa a Presidente da República“, conta com mais alguns fãs: 1.272. Foi criada em fevereiro deste ano porque “precisamos de alguém imparcial e isento que defenda o que é correto, independentemente da sua afiliação partidária”, pode-se ler na descrição. E para que não restem dúvidas, pode-se ler também que “esta é uma página de apoio de iniciativa de um cidadão comum e sem qualquer afiliação partidária”.

Mas não é apenas Marcelo Rebelo de Sousa que conta com páginas de apoio a uma eventual candidatura a Belém. Para Pedro Santana Lopes e António Guterres, outros dois possíveis candidatos às eleições presidenciais, também existem páginas de incentivo. “Pedro Santana Lopes 2016” é o nome da página referente ao social-democrata, que conta com 904 fãs. À semelhança de uma das páginas referentes a Marcelo Rebelo de Sousa, serve para agregar notícias ou para partilhar as publicações feitas no perfil oficial do atual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Por sua vez, António Guterres tem duas páginas de apoio à candidatura a Belém. Uma, “António Guterres à Presidência“, criada no final de junho deste ano, conta com 1.029 fãs e não tem qualquer descrição. A outra, “António Guterres 2016“, apresenta-se como o “Facebook não oficial da Candidatura de António Guterres a Presidente da República em 2016” e foi criada a 5 de junho deste ano. Desde então que tem partilhado e publicado notícias sobre o atual Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

Rui Rio, o ex-autarca da Câmara do Porto, é o único dos possíveis candidatos a Belém que não conta com páginas públicas de incentivo à candidatura. Existem diversos grupos fechados que apoiam a candidatura de Rui Rio a primeiro-ministro mas são apenas dois os grupos que pedem Rui Rio para a Presidência da República.