O juiz espanhol que está a avaliar o caso da criança britânica diagnosticada com um tumor retirada do hospital decidiu nesta segunda-feira prolongar a detenção dos pais por mais 72 horas. O juiz Ismael Moreno ouviu hoje, durante meia hora, Brett King e Naghemeh King, pais de Ashya, detidos no sábado, em Málaga, no sul de Espanha, depois de terem tirado, contra indicação médica, o filho de cinco anos do hospital em Londres onde se encontrava internado.

Em Madrid, capital espanhola, os pais comunicaram ao juiz a recusa em entregarem-se à justiça britânica, que, na passada quinta-feira, emitiu um mandado de detenção europeu contra o casal, por sequestro e maus tratos. O juiz espanhol concordou em recusar a extradição e decretou a detenção dos pais por 72 horas, prazo durante o qual deverá decidir se lhes dá ordem de prisão.

No mesmo prazo, o Hospital Materno Infantil de Málaga, onde Ashya está internada, deverá dar a conhecer um relatório médico sobre o estado de saúde da criança. O menino foi encontrado no sábado, pelas 20:30 locais, num hotel de Benajarafe, em Málaga, depois de o rececionista do estabelecimento ter alertado a polícia.

Os pais, testemunhas de Jeová, que se opõem a transfusões de sangue, chegaram a Málaga com Ashya e outros quatro filhos. A polícia britânica emitiu um mandado de detenção europeu depois de os médicos do hospital londrino terem dito que a vida da criança está em grave perigo se não receber tratamento. Num vídeo divulgado no canal YouTube, o pai da criança afirma que Ashya se encontra bem e que o retirou do hospital para poder receber um tratamento que a unidade londrina lhe tinha negado.

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