“Nós, obviamente, defendemos uma política de moderação fiscal que pode ser feita faseadamente e que tem que ter em conta a responsabilidade financeira e contribuiremos, no quadro da maioria, para um compromisso nessa matéria”, afirmou.
O presidente do partido discursava num jantar, em Faro, horas depois de a ministra das Finanças ter sido mais cautelosa e não ter prometido qualquer descida de impostos, durante uma aula na Universidade de Verão da JSD.
Paulo Portas aproveitou para lembrar o empenho do partido nas reformas do IRC e do IRS, sublinhando a sua importância para as empresas e, consequentemente, para a economia, e também para as famílias.
“O CDS empenhou-se muito no projeto de reforma do IRS. É necessário para a classe média e também se trata de olhar faseadamente para o fim de uma situação de exceção”, afirmou.
O líder dos centristas salientou ainda que a reposição de 20% dos rendimentos dos funcionários do Estado e da Administração Pública, “que tinha ficado perdido” nos cortes, a partir de janeiro de 2015, é um bom sinal.
Avisou, contudo que não se pode regressar “de uma assentada à casa de partida”, sob pena de o país voltar ao problema que o levou “ao precipício”.
“O que está no nosso ADN é que se a despesa estiver controlada, os países libertam mais recursos para a economia e é a libertação de recursos para a economia que faz avançar o crescimento”, concluiu.
Em declarações aos jornalistas, à margem do evento, Portas escusou-se a comentar a escolha do candidato do CDS-PP às eleições presidenciais, argumentando que, até lá, ainda serão realizadas as legislativas, em 2015.