A OSCE anunciou que na quarta-feira os veículos em que seguiam os monitores internacionais foram alvejados por um homem, vestido com um uniforme militar, que estava na parte de trás de uma carrinha ‘pick-up’ e que disparou dois tiros na direção dos veículos, que estavam perto de Mriinka, uma cidade dominada pelos rebeles, a 15 quilómetros a oeste da ‘sede’ dos separatistas, em Donetsk.

“As balas embateram a cerca de dois metros do segundo veículo da OSCE”, lê-se no comunicado difundido pela organização, que acrescenta que “o pessoal que seguia neste veículo ouviu sons agudos vindos da estrada ou fragmentos de bala a bater no carro”.

Os veículos abandonaram imediatamente o local, afirmam os responsáveis da OSCE.

A OSCE tem equipas no terreno, no leste da Ucrânia, para monitorizar um cessar-fogo acordado entre as forças do Governo e os rebeldes apoiados pelo Kremlin, que resultou numa suspensão dos confrontos em boa parte da linha da frente, mas não conseguiu fazer parar os bombardeamentos em pontos estratégicos.

Na semana passada, a Rússia criticou a OSCE por alegadamente estar a ser parcial, depois de os monitores terem reportado que viram caravanas de veículos com material militar a dirigir-se para a linha da frente.

“Ficamos com a impressão que os esforços [da OSCE] estão dirigidos para ajudar e apoiar apenas um lado em conflito, as autoridades oficiais em Kiev”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, concluindo que “essas políticas da liderança da missão minam a confiança no seu trabalho”.

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