O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, reagiu à notícia da sua nomeação como cardeal, anunciada este domingo pelo Papa Francisco, afirmando que será “um gosto colaborar ainda mais diretamente com o Papa”.

“Vi este anúncio como já estou habituado a ver as coisas da Igreja: elas acontecem de forma surpreendente, comprometem-nos sempre mais e, nesse sentido, para mim é um gosto colaborar ainda mais diretamente com o Papa Francisco, com cujo pontificado e pensamento me identifico absolutamente”, disse Manuel Clemente, em declarações à Rádio Renascença em Queluz, onde se preparava para celebrar missa.

Sublinhando que nada mudará no seu dia-a-dia e que só terá de ir mais vezes a Roma, o patriarca de Lisboa, um dos 20 prelados da Igreja Católica que se tornarão cardeais a 14 de fevereiro, numa cerimónia a realizar no Vaticano – e um dos 15 que serão eleitores -, reiterou o seu compromisso perante os desafios colocados pelo Papa, com especial atenção aos mais pobres e às periferias, a avaliar pelas suas escolhas geográficas.

“Reparei na lista dos que ele escolheu agora para o Colégio Cardinalício: a grandíssima maioria não é da Europa, nem sequer do hemisfério Norte, e isso coincide com aquilo que está a ser o catolicismo mundial, não só o movimento da demografia mundial, mas também o movimento do catolicismo e do cristianismo mundiais”, observou. “Acho isto muito bem, muito coincidente com aquilo que é preciso fazer agora para que o Evangelho chegue a todos”.

“É algo que eu não tenho pressa nenhuma em efetivar. Que o Papa Francisco viva muitos e bons anos, porque ele está a fazer muito bom trabalho e todos os dias nos leva para diante no sentido evangélico das coisas e, portanto, que lá esteja com muita saúde, com muita força e por muitos e bons anos”, rematou. O patriarca de Lisboa junta-se aos dois cardeais portugueses existentes, mas só ele será eleitor com assento no Conclave.

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