Os anos 1950 e 1960 foram pródigos em avistamento de OVNI (objetos voadores não identificados) nos Estados Unidos. A população dividia-se entre a certeza de os ter visto e outra parte assegurava que eram resquícios da memória da versão radiofónica da Guerra dos Mundos realizada por Orson Welles, que faziam os americanos continuar a acreditar em vida extraterrestre, prestes a invadir o planeta. Agora, mais de 40 anos passados, a CIA dá razão aos olhares mais astutos e confessa ser responsável pelos objetos que muitos viram a rasgarem os céus. Mas não eram extraterrestres, eram espiões.
#1 most read on our #Bestof2014 list: Reports of unusual activity in the skies in the '50s? It was us.http://t.co/BKr81M5OUN (PDF 9.26MB)
— CIA (@CIA) December 29, 2014
O documento “The CIA and de U-2 Program, 1957-1974” da Agência norte-americana é publicado no Irish Times e é aí que o objeto voador é identificado como sendo na realidade o avião espião U-2, que voava a 60 mil pés- na altura o normal era os aviões subirem apenas 20 mil pés.
No documento explica-se que o U-2 levantou voo em 1954 para ser testado e futuramente usado em missões de reconhecimento principalmente sobre países da órbita da União Soviética. Se, para os americanos, foi fonte de boatos e teorias da conspiração, para a União Soviética a solução foi cortar o mal pela raiz e abater o avião.
O VenturBeat explica que a elevada altitude fazia com que nenhum americano acreditasse que de um avião se tratava. E, para fenómenos inexplicáveis, soluções sem explicação. A CIA nunca tinha desmentido a teoria, uma vez que lhe permitia continuar a missão incógnita, mas confirma-a agora: “Naquela altura, ninguém acreditava que era possível os homens viajarem acima de 60 mil pés e, por isso, ninguém esperava ver um objeto tão alto no céu.”