A Prebuild, colocada em terceiro lugar no leilão de venda da construtora Opway, só decide se envia uma queixa ao Tribunal do Luxemburgo depois de dia 9 de fevereiro, data em que será confirmado o vencedor do concurso, indicou nesta terça-feira à Lusa uma fonte da empresa. “A Prebuild não vai tomar nenhuma decisão, até dia 09 de fevereiro, sobre se envia ou não uma carta a evidenciar o que aconteceu no leilão ao Tribunal do Luxemburgo”, afirmou a mesma fonte, acrescentando que neste momento o presidente da Prebuild está de viagem na Colômbia.

A Prebuild considera que na última segunda-feira foi injustamente preterida durante o leilão para venda da Opway, construtora detida pela Espírito Santo Industrial, num processo supervisionado pelo Tribunal do Luxemburgo. Segundo fonte da Prebuild, existem suspeitas de que a moçambicana Nadhari, vencedora do leilão com uma licitação de cinco milhões de euros, não terá meios para fazer a respetiva prova de fundos até dia 09 de fevereiro, data definida para esse efeito.

Desta forma, se a Nadhari não fizer prova de fundos no valor de cinco milhões de euros, o leilão será ganho por um grupo de quadros da Opway, que ficou colocado em segundo lugar com um valor de 1,25 milhões de euros. Deste grupo faz parte Almerindo Marques, ex-presidente da construtora.

No entanto, a Prebuild, colocada em terceiro lugar com uma licitação de 1,2 milhões de euros, argumenta que tentou ainda oferecer 1,3 milhões na segunda fase do leilão, ao que se seguiu ainda uma sugestão de contra oferta do grupo de quadros no valor de 1,35 milhões de euros.

Todavia, de acordo com a mesma fonte da empresa, estas tentativas finais não foram tomadas em consideração pelo responsável pela condução do concurso, pelo que o representante da Prebuild se recusou a assinar a ata do leilão. Isto por considerar que desde o início, já estava decidido que a Opway seria comprada pelo grupo de quadros desta construtora.

Questionado pela Lusa sobre estas acusações, Almerindo Marques respondeu não ter nada para comentar. “Só me pronuncio sobre coisas que têm fundamento. Que essas pessoas o provem”, afirmou o ex-presidente da construtora do Grupo Espírito Santo.

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