Três bombeiros que acorreram ao local da explosão desta quinta-feira numa empresa química de Igualada (Barcelona) tiveram de receber assistência hospitalar, o que eleva para seis o número de feridos ligeiros devido à nuvem tóxica libertada no acidente.

A explosão no exterior da empresa química Simar aconteceu cerca das 09h45 (menos uma hora em Lisboa) e gerou uma grande nuvem tóxica, levando as autoridades a apelarem às populações afetadas, cerca de 60 mil pessoas, a permanecerem no interior dos edifícios, incluindo crianças e trabalhadores na zona.

No entanto, cerca de três horas depois, a nuvem começou a dissipar-se e a restrição foi levantada para a maioria da população, continuando, no entanto, a aplicar-se a bebés menores de três anos, grávidas e pessoas com mais de 70 anos, além de pessoas com dificuldades respiratórias. Cerca das 17h00 locais a restrição foi completamente levantada.

Várias corporações dos bombeiros permanecem no local da explosão, onde procedem a operações de esvaziamento das tinas que continham os produtos químicos. Hoje de tarde três dos bombeiros tiveram de receber assistência devido a irritações nos olhos, juntando-se aos três feridos ligeiros — um trabalhador e dois transportadores -, que foram levados para o hospital de Igualada.

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O acidente, que obrigou à ativação do plano de emergências químicas da Catalunha, aconteceu quando – por causas desconhecidas – um depósito de ácido nítrico (altamente tóxico e corrosivo) se misturou com uma pequena quantidade de cloreto de ferro. Os dois químicos produziram uma explosão e uma enorme nuvem de fumo laranja que o vento depois arrastou para as localidades próximas – Igualada, Vilanova del Camí, Ódena, Santa Margarida de Montbui e Jorba.

Questionado hoje pela agência Lusa, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, disse que “não há portugueses feridos ou envolvidos”. “Estamos a acompanhar a situação através do consulado geral em Barcelona e a última informação que temos é que não há portugueses atingidos ou envolvidos, mas naturalmente estamos atentos”, disse José Cesário. A Lusa tentou saber quantos portugueses registados nos serviços consulares residem nas áreas afetadas, mas até ao momento desconhece-se essa informação.

Inicialmente as autoridades cortaram a circulação de comboios e nas estradas de acesso ao polígono Les Comes, onde ocorreu o acidente, bem como um troço numa das principais estradas da Catalunha (a A-2, que liga Barcelona e Lleida). No entanto, cerca das 18h00 apenas o complexo industrial onde se deu a explosão permanece vedado ao público.