O secretário-geral do PS classificou hoje como “não assunto” a controvérsia relativa ao SMS que enviou ao diretor adjunto do jornal Expresso e defendeu que a liberdade de imprensa não exclui o direito ao protesto.

António Costa falava aos jornalistas à entrada para um colóquio no ISEG, em Lisboa, depois de confrontado com o teor do SMS (mensagem escrita de telemóvel) que enviou ao diretor adjunto do jornal Expresso João Vieira Pereira na noite de 25 de abril, mensagem que foi condenada e considerada intimidatória e contra a liberdade de imprensa pelo líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro.

“Francamente, acho que isso é um não assunto. Assuntos reais que deveriam preocupar o líder parlamentar do PSD é mais uma subida do desemprego. Esse é que é um assunto sério”, contrapôs o líder socialista.

António Costa disse depois que a liberdade de expressão “felizmente existe” em Portugal, sendo uma das “grandes conquistas” da democracia.

Porém, salientou o secretário-geral do PS, a liberdade de expressão “não exclui a liberdade de quem se sente ofendido poder protestar”.

“É evidente para todas as pessoas que, quem se sente ofendido, tem o direito de protestar e que nenhum jornalista se sente ameaçado. Tenho a certeza que o próprio [João Vieira Pereira] também não se sentiu [ofendido] pela forma aliás muito atenciosa como me respondeu também por sms”, respondeu o secretário-geral do PS.

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