Num futuro talvez não muito longínquo, vai ser possível experimentar uma volta na roda gigante conhecida como London Eye e estar no topo do Empire State Building em pouco mais de uma hora. Pelos menos, são esses os planos da Airbus, que já começou a pensar na próxima coqueluche da companhia: um avião supersónico capaz de fazer viagens transatlânticas em apenas uma hora e a um ritmo mais de quatro vezes superior ao da velocidade do som. Neste caso, a mais de quatro mil quilómetros por hora.
Para já, o consórcio europeu já pediu várias patentes para desenhar o “filho do Concorde”, um dos primeiros aviões comerciais supersónicos. E, no Youtube, já há quem se tenha debruçado sobre o tema, como comprova o vídeo.
De acordo com o The Telegraph, que consultou os pedidos de patentes e os planos desenhados pela equipa de engenheiros aeronáuticos responsável pelo projeto, o avião será alimentado “pelo menos” por um motor convencional, um ou mais motores de reação e um motor de foguetão movido a hidrogénio e oxigénio. O herdeiro do Concorde seria, assim, alimentado por uma combinação de três ou mais motores que conseguiriam fazer o avião ascender (quase) na vertical.
Os desenhos são rudimentares mas transmitem a ideia básica do Novo Concorde. Crédito: The Telegraph
Comparado com o antecessor, o Novo Concorde levará menos passageiros – apenas 20 contra os atuais 120 -, mas terá quase o dobro da velocidade, voará a maior altitude e percorrerá maiores distâncias.
A Airbus levanta ainda o véu sobre como planeia resolver o problema do ruído provocado pela quebra da barreira do som – um dos motivos que impediu o desenvolvimento dos aviões supersónicos, como recupera o jornal britânico. O facto de o avião voar a uma maior altitude e o ângulo que a onda de choque supersónica provocada pelo “nariz” do avião toma – cerca de 11 a 15 graus – vai ajudar a resolver o problema do som, acreditam os engenheiros. Mas o melhor mesmo é, no futuro, apertar o cinto.
Artigo atualizado às 11h10