O líder dos conservadores gregos, Vangelis Meimarakis, acusou hoje o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, de ter provocado eleições desnecessárias e instou-o a aceitar o apelo da oposição para formar um governo de unidade nacional.
“O país avança para eleições por responsabilidade pessoal de Alexis Tsipras”, disse Meimarakis depois de se reunir com o presidente, Prokopis Pavlopoulos, a quem devolveu o mandato para formar governo por ter fracassado nos contactos com os restantes líderes partidários.
O líder da Nova Democracia sublinhou que o próprio Tsipras “admitiu que o risco de um ‘Grexit’ (saída da Grécia do euro) ainda existe” para apelar para que “se evite o desastre nacional de eleições antecipadas, que vão provocar novas medidas dolorosas”.
Meimarakis insistiu que ainda há tempo para um entendimento nacional e para a formação de um governo maioritário, afirmando que “nunca houve um tão amplo apoio da oposição ao governo desde o fim da ditadura”.
Esgotado o prazo dado a Meimarakis, Prokopis Pavlopoulos vai dar hoje um mandato exploratório ao líder da Unidade Popular, partido nascido da cisão no Syriza.
Panayotis Lafazanis tem um prazo de três dias, até quarta-feira, para formar um governo de maioria parlamentar.
Se não o conseguir, como preveem observadores, o presidente deverá convocar uma reunião dos líderes partidários para explorar a hipótese de formar um governo de amplo apoio. Não sendo possível, Pavlopoulos nomeará um governo interino e convocará eleições antecipadas.