O economista Mário Centeno assegura que não há qualquer corte no investimento público previsto para pagar salários. O coordenador do programa económico dos socialistas prestou este esclarecimento ao Expresso depois de o jornal ter avançado a notícia de que o aumento das despesas com pessoal das administrações públicas, que resultaria de uma devolução rápida dos cortes salariais, seria de cerca de 875 milhões de euros.

Esta informação, explica o Expresso, teve como base o quadro que está na última página da proposta do programa socialista, e que incorpora já as alterações que resultaram das negociações entre o PS e os partidos à esquerda.

Mário Centeno esclarece que as mudanças inscritas no quadro resultam de uma revisão das contas públicas levada a cabo pela Comissão Europeia que, na semana passada, atualizou a suas previsões para os países da União Europeia. Nestas contas, Bruxelas alterou as despesas com pessoal e capital. O economista assegura assim que a introdução das medidas acordadas com o PCP e o Bloco de Esquerda não tem impacto a nível orçamental. 

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