Pelo menos 16 combatentes do grupo Estado Islâmico foram mortos em confrontos com uma coligação militar árabe-curda no norte da Síria, perto do feudo jihadista de Raqa, relatou, este domingo, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Os jihadistas tinham lançado uma ofensiva a 30 de dezembro contra diversas localidades nas mãos das Forças Democráticas Sírias (FDS) perto de Ain Issa, uma cidade controlada por esta coligação, situada a 50 quilómetros a norte de Raqa, considerada a “capital” do EI na Síria. Nesta ofensiva foram mortos 21 combatentes das forças curdas.

No sábado à noite, “16 jihadistas foram mortos e 19 feridos” em combates perto de Ain Issa com homens do FDS, que recuperaram uma pequena localidade que tinham perdido alguns dias antes para o EI, relatou o diretor da OSDH, Rami Abdel Rahmane.

As FDS, formadas principalmente pelas unidades de Proteção do Povo Curdo e combatentes árabes, encontram-se na primeira linha da luta contra os jihadistas. A 26 de dezembro, a coligação retomou ao Estado Islâmico a barragem de Tichrine sobre o Eufrates, no norte da Síria, assim como muitas localidades sobre a margem leste do rio. A barragem é estratégica, porque fornece de eletricidade vastas regiões da província de Alepo, indicou a OSDH.

Trata-se da segunda grande operação da coligação, fundada em outubro, que retomou ao Estado Islâmico cerca de 200 aldeias na província de Hassaké (nordeste). Na margem oeste do Eufrates, o EI controla ainda vastos territórios de Raqa a Jarablus, perto da fronteira turca.

O conflito na Síria, que causou mais de 260 mil mortos desde março de 2011, começou pela repressão de manifestações pacíficas e evoluiu para uma guerra complexa, opondo inúmeros atores e implicando potências estrangeiras e grupos ‘jihadistas’.

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