Agora com sinal reforçado em Lisboa 98.7 FM No Porto 98.4 FM Política / Presidenciais 2016 Seguir Assis critica estado ilusório do PS e "discurso perigoso" do BE Marcelo ganhou e Assis reconhece as suas competências. Mas para o eurodeputado do PS a derrota da esquerda não era anunciada, ficou a dever-se a uma viragem "populista", que o PS não está a combater. Inês Mendes Texto 25 Jan 2016, 12:14 988 i ▲Francisco Assis, eurodeputado socialista MANUEL DE ALMEIDA/LUSA ▲Francisco Assis, eurodeputado socialista MANUEL DE ALMEIDA/LUSA Marcelo será o novo Presidente da República, após uma vitória expressiva em todos os distritos e nas duas regiões autónomas. Feito pelo qual Francisco Assis lhe reconhece o mérito, reconhecendo também a derrota à esquerda. Mas Assis não se fica por aqui: “Tal como nenhuma vitória está previamente anunciada, também nenhuma derrota corresponde a uma fatalidade”. Num artigo de opinião para o Jornal de Notícias, Assis argumenta que as culpas de uma derrota à esquerda não podem ser justificadas pela não candidatura de António Guterres: “Infelizmente os motivos são outros e bem mais inquietantes”. Ou seja, a realidade ilusória do PS e a viragem “populista” do BE.Quanto ao ‘seu’ PS, Assis reclama que o partido tem que voltar à realidade, argumentando que “quando passar o estado de ilusão que se instalou no Partido Socialista haverá muito para discutir e alguma coisa para mudar”. Por outro lado, avisa que os progressos do Bloco de Esquerda (resultados históricos, tanto nas legislativas, como agora nas presidenciais) estão a ser feitos “à custa de um discurso muito perigoso”. Assis, o socialista mais crítico da estratégia de António Costa, argumenta que o BE se transformou no “partido mais populista” – argumento usado também usado por Jerónimo de Sousa na reação aos resultados eleitorais – e que é necessário que “alguém o combata”.O eurodeputado socialista não acredita, no entanto, que o PS esteja apto a travar esse combate enquanto permanecer no estado ilusório em que tem vindo a atuar: “Esse combate político não pode ser levado a cabo por quem se deixou inocular por um vírus de idêntica natureza”. Ou seja, Assis acredita que o PS também se está a tornar populista.*Editado por David Dinis