A informação foi dada pelo canal de televisão francês, TF1. Três homens e uma mulher foram presos pela Direção-geral de Segurança Interna (DGSI) por suspeita de planear um ataque terrorista, em Paris, no subúrbio de Seine-Saint-Denis.

Entre os suspeitos encontram-se Aytac e Ercan B., dois irmãos franceses de origem turca. No entanto, a DGSI centrou as suas investigações em Youssef E., um islamita já conhecido dos serviços secretos gauleses.

Este francês de 28 anos já foi condenado a cinco anos de prisão em março de 2014. A polícia já o tinha detido dois anos antes no aeroporto Saint-Etienne na companhia de dois cúmplices e quando se preparavam para partir em direção à Síria e juntarem-se aos grupos ‘jihadistas’.

Youssef E. foi libertado da prisão de Fresnes, no Val-de-Marne, em outubro de 2015. Estava sob prisão domiciliária desde 29 de fevereiro no âmbito do estado de urgência decretado pelo Governo. A sua companheira também foi detida esta manhã.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A DGSI considerou que estes suspeitos se tornaram numa séria ameaça. O inquérito permitiu estabelecer que pelo menos um dos membros deste grupo tinha por objetivo cometer um atentado em Paris.

Após uma busca aos apartamentos, os investigadores referiram ter confiscado munições de Kalachnikov, uma pistola de alarme, material informático e um cofre. A prisão preventiva pode prolongar-se no total por 96 horas.

O Presidente François Hollande, interrogado após as detenções, apelou “à maior vigilância possível”.”O nível de ameaça permanece muito elevado”, sublinhou, ao evocar designadamente a operação antiterrorista relacionada com os atentados de Paris e desencadeada na terça-feira em Bruxelas, de onde resultaram quatro polícias feridos e um suspeito abatido. Os outros dois suspeitos terão sido detidos entre a noite de terça-feira e a manhã de hoje.

A polícia francesa cooperou com as autoridades belgas nesta operação. Um dos principais suspeitos dos atentados de Paris, Salah Abdeslam, continua fugido.

A capital francesa continua em estado de alerta máximo desde os ataques terroristas feitos em novembro, onde morreram 130 pessoas.