A chanceler alemã, Angela Merkel, garantiu este sábado que há recursos suficientes para integrar os refugiados no país, mas salientou que estes devem respeitar as leis alemãs, a liberdade religiosa e a igualdade entre homens e mulheres.
Na sua habitual mensagem semanal, a chanceler congratulou-se pela aprovação da lei de integração baseada no princípio “exigir e apoiar”, que significa que a Alemanha prestará serviços e cursos aos refugiados para facilitar a sua adaptação, mas impõe contrapartidas: “Que aprendam alemão e respeitem as leis do país”.
Merkel sublinhou, em concreto, a importância do artigo 3 da Constituição alemã, que reconhece a igualdade entre homens e mulheres e a necessidade de respeitar esse princípio na vida diária. “Cada um pode viver a sua religião, mas todos devem respeitar as nossas leis”, realçou.
Neste contexto, a chanceler manifestou também a intenção de a Alemanha disponibilizar cursos de integração específicos para mulheres, para que possam acompanhar os filhos, que aprendem mais rapidamente o alemão, e fomentar contactos com a sociedade alemã, para que não se limitem aos círculos familiares.
Perante conflitos surgidos em algumas zonas do país quando, por exemplo, refugiados recusaram carne de porco servida nas cantinas escolares, Merkel assegurou o respeito dos diferentes costumes, mas advertiu que a tolerância não implica mudar os hábitos alimentares dos alemães.
Indicou que existe a possibilidade de marcar os pratos que contenham carne de porco para respeitar os regimes alimentares de certas pessoas, adotando também menus vegetarianos para pessoas com outras preferências.