Desenvolvido lado-a-lado com os irmãos gémeos Peugeot Partner e Opel/Vauxhall Combo, o novo Citroën Berlingo acaba de se dar a conhecer naquela que é a sua nova geração, profundamente evoluída, cuja produção estará a cargo (também) da fábrica portuguesa da PSA, em Mangualde. Entretanto e com a apresentação ao público prevista para o Salão Automóvel de Genebra, também a comercialização deverá arrancar ainda este ano, mais precisamente, na segunda metade de 2018.

O diferendo entre a PSA e o Governo português era provocado pelo sistema que diferencia os veículos nas portagens nacionais, entre classe 1 e 2, que obrigava os novos comerciais ligeiros de passageiros do construtor francês a pagar quase o dobro dos concorrentes, apenas por terem mais de 1,1 metros de altura na zona do eixo dianteiro. O que prova a falta de nexo desta separação de classes é facto do ultrapassar do 1,1 m, perfeitamente arbitrária e sem nenhuma relação com a capacidade de carga, e logo com o desgaste que provoca na rodovia, é devido a uma questão de estilo, mas sobretudo à necessidade de separar o capot da mecânica, para melhor proteger os peões em caso de atropelamento. Ultrapassado que parece estar o problema, o novo Citroën Berlingo promete começar a sair em breve da linha de produção de Mangualde, com destino ao mercado nacional. E renovado em todos os seus aspectos, a começar na plataforma e no design, até aos novos interiores, equipamento e motorizações.

Maior volume de carga e manobrabilidade

Sobre as novidades deste novo Berlingo, é obrigatório desde logo falar na nova plataforma. Derivação da já conhecida EMP2 que, garantindo um posicionamento dos eixos mais próximo das extremidades do carro, a par de um pára-brisas mais adiantado, garante não apenas uma melhor habitabilidade interior, como também uma maior manobrabilidade. Neste caso, graças também a uma direcção com assistência eléctrica optimizada.

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Disponível em várias versões, assim como em dois tamanhos (4,4 ou 4,7 metros), sinónimo de cinco (versão M) ou sete lugares (Berlingo XL), o novo min furgão beneficia ainda de um piso totalmente plano, ideal para o transporte de todo o tipo de cargas. Com a Citroën a prometer mesmo a melhor capacidade do segmento.

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Duas versões, cinco ou sete lugares

No caso da variante mais curta M, uma área de carga de 2,7 m garante conseguir acomodar até 775 litros, ou seja, mais 100 litros que no antecessor, além de oferecer um total de 28 espaços de arrumação no habitáculo, suficientes para arrumar um total de 186 litros. Sendo que, até mesmo no tecto, existe um espaço de arrumação, a que o fabricante deu o nome de Modutop, acessível tanto partir da 2.ª fila, composta de bancos individuais, como a partir da bagageira.

Já no caso da versão maior (XL), com uma capacidade declarada de carga de 1.050 litros (quando com cinco bancos) e uma superfície plana de 3,05 metros, existe ainda a possibilidade de instalar mais dois bancos individuais e amovíveis, numa terceira fila, além de passíveis de regulação em profundidade ao longo de calhas que se prolongam por 130 mm. Algo de que não é possível usufruir na versão mais curta.

Motores a gasolina e a diesel

Quanto a motorizações, de realçar a possibilidade de optar por motores a gasolina ou a diesel, com a oferta a começar num 1,2 litros a gasolina, disponível nas variantes de 120 ou 130 cv, para terminar num 1,5 a gasóleo, proposto com três potências distintas: 75, 100 e 130 cv. Sendo que, dependendo da motorização, o cliente pode ter à disposição tanto uma caixa manual de seis velocidades, como uma automática de oito relações.

Preços, provavelmente só em Genebra

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Preços só (talvez) na apresentação oficial ao público do modelo, no Salão Automóvel de Genebra, em Março. O início da comercialização deverá acontecer na segunda metade de 2018.

Falando de segurança activa e passiva, destaque para a presença de um equipamento extremamente completo, no qual não falta sequer a travagem autónoma de emergência, o alerta de distracção do condutor ou até mesmo o aviso para a necessidade de fazer uma pausa na condução. Com o novo Berlingo a poder ostentar ainda um sistema de reconhecimento de sinais de trânsito e um cruise control adaptativo, com função de desligar/ligar o motor, quando em filas de trânsito, apenas nas versões com caixa automática.

A par destas tecnologias, disponível está também o alerta de ângulo morto, a ajuda ao arranque em subidas, o controlo de estabilidade quando com atrelado e sistema de iluminação frontal inteligente, que automaticamente muda entre médios e máximos, de acordo com as condições de visibilidade e a circulação, em sentido contrário, de outros carros.

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Conectividade também foi preocupação

Aspecto hoje muito valorizado, o novo Berlingo conta ainda com várias soluções em termos de conectividade, garantida por sistemas de informação e entretenimento através de um ecrã táctil de 8″, compatíveis tanto com Android Auto, como com Apple CarPlay, sem esquecer a presença do sistema MirrorLink.

Ao mesmo tempo e porque cabos para carregamento de telemóveis são coisas do passado, a nova geração prevê igualmente um sistema de carregamento wireless para smartphones compatíveis com esta funcionalidade, além de outros gadgets, tais como um sistema de câmaras panorâmico, ou ainda o já conhecido Grip Control, com cinco modos de funcionamento: Standard, Neve, Lama, Areia e desactivação do ESP. Sendo que a estes junta-se ainda o sistema de ajuda em descidas íngremes.