O ministro da Saúde afirmou esta segunda-feira que “não há motivo para preocupação” em relação ao surto de sarampo detetado na semana passada no porto e com 42 doentes confirmados até agora.

Adalberto Campos Fernandes considerou “pouco racional e sensato” a falta de vacinação das pessoas, assinalando que a vacina continua a ser “uma arma” contra doenças infecciosas como o sarampo. “É preciso vacinar”, insistiu, defendendo a necessidade da “luta contra a ignorância” perante as “evidências científicas” dos benefícios e da “elevada segurança” das vacinas.

O titular da pasta da Saúde falava aos jornalistas à entrada de uma iniciativa onde participou na Faculdade de Medicina de Lisboa. O ministro disse “não ter indicação” de que se esteja perante uma nova estirpe do vírus do sarampo, dado haver profissionais de saúde com a doença e que foram vacinados.

Adalberto Campos Fernandes desconhece igualmente se entre os profissionais de saúde infetados há algum pediatra. O ministro crê que “se entrou na fase de reversão do surto”.

O secretário de Estado da Saúde revelou neste dia existirem em Portugal 42 casos confirmados de sarampo, todos em adultos, ao passo que o número de casos suspeitos subiu para 117 e abrange “apenas uma criança, de 12 meses”.

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Sarampo. 42 casos confirmados e 117 casos suspeitos

Dos 42 casos confirmados de sarampo, todos dizem respeito a adultos e existem 39 casos “a aguardar resultados”, acrescentou Fernando Araújo, numa conferência de imprensa realizada no Porto para fazer o ponto de situação sobre o surto de sarampo verificado na região Norte.

Profissionais dos hospitais de Coimbra vacinados contra sarampo

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) iniciou a vacinação contra o sarampo a alguns dos seus profissionais, uma medida que vai ter continuidade na terça-feira, foi anunciado esta segunda-feira.

Segundo um comunicado do CHUC enviado à agência Lusa, a vacinação teve início neste dia com recurso ao ‘stock’ existente, que será reforçado pela Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC). A prioridade, refere a nota, são os profissionais que trabalham em serviços de Urgência, Maternidades, Cuidados Intensivos e Hospital Pediátrico, mas a medida passa por vacinar os trabalhadores de todos os serviços do CHUC.

De acordo com a informação fornecida pela Comissão de Controlo de Infeção do CHUC, “foram implementadas e seguidas todas as normas da Direção Geral de Saúde, bem como a divulgação de informação junto de todos os profissionais”.

“Está ainda a ser feito um reforço de todo o material necessário nestas circunstâncias e estão a ser adquiridos testes serológicos ‘mais rápidos’ de modo a permitir obter resultados mais precocemente para agir em conformidade com o resultado obtido”, lê-se no comunicado.