O Sindicato dos Enfermeiros vai esta sexta-feira pedir uma reunião urgente com os ministros das Finanças e da Saúde para discutir um plano de contratação de profissionais e para resolver o pagamento das horas extraordinárias em dívida aos enfermeiros. No segundo dia de greve dos enfermeiros, a adesão no turno da manhã está a registar níveis entre os 70 e os 80% a nível nacional, segundo o presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que sublinha ainda que já houve algumas evoluções nas reivindicações sindicais.
Dos 15 pontos que motivavam a marcação desta greve de dois dias, José Carlos Martins admite que houve avanços em relação a cinco deles. Segundo o sindicalista, o Ministério assumiu negociar uma orientação específica sobre o registo biométrico e sobre honorários de trabalho para os enfermeiros dos cuidados de saúde primários. Também o pagamento do suplemento remuneratório para os enfermeiros especialistas foi já para circuito legislativo e houve evoluções na questão do acordo coletivo de trabalho e da revisão de carreira.
“Continuamos a exortar à adesão à greve para continuarmos a lutar, nomeadamente, pelo descongelamento das progressões”, afirmou José Carlos Martins. O SEP vai pedir uma reunião urgente ao ministro das Finanças e ao ministro da Saúde para discutir um plano de contratação de profissionais e para debater o pagamento das horas extra em atraso. “Não temos a contabilização completa, mas são milhares de horas em atraso”, afirmou José Carlos Martins.
Hoje de manhã a adesão à greve está a rondar os 70 a 80 por cento, semelhante ao turno da noite, onde andou pelos 70%. Os enfermeiros iniciaram às 8h00 de quinta-feira uma greve de dois dias pela “valorização e dignificação” destes profissionais, uma paralisação que ficou agendada apesar da marcação de um calendário de negociações com o Governo, que era uma das suas 15 reivindicações. Os objetivos desta greve prendem-se essencialmente com a valorização e dignificação dos enfermeiros.