“Na noite passada fui ao Red Hen em Lexington, Virginia, e a dona do restaurante pediu-me para sair porque trabalho para o Presidente dos EUA. E eu saí, educadamente”. Foi assim que a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, denunciou no Twitter como foi expulsa de um restaurante no estado norte-americano da Virginia na passada sexta-feira à noite. A dona do estabelecimento confirmou o episódio ao Washington Post, reconhecendo que voltaria a fazer tudo igual.

Tudo aconteceu com boa educação e decoro, segundo explicou depois a dona do restaurante. Em declarações ao Washington Post. Segundo Stephanie Wilkinson, Sarah Sanders trabalha para uma administração “desumana e antiética”, que é “incompatível” com os valores defendidos e praticados pelo restaurante. “Eu expliquei-lhe que temos um certo padrão de honestidade, compaixão e cooperação”, disse, explicando que foi nessa base que pediu à porta-voz da Casa Branca para sair.

As restantes pessoas que acompanhavam Sarah Sanders foram convidadas a ficar, mas optaram por não o fazer. No post publicado no Twitter, a porta-voz de Trump diz que saiu do restaurante de forma educada, acrescentando que o gesto “diz mais” sobre a sua interlocutora do que sobre ela própria. “As ações dela dizem muito mais sobre ela do que sobre mim. Eu faço sempre o meu melhor para tratar bem as pessoas, incluindo aqueles com quem não estou de acordo, e é isso que vou continuar a fazer”, escreveu.

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Também o pai de Sarah Sanders, o antigo governador do Arkansas Mike Huckabee, mostrou indignação através daquela rede social, acusando a dona do restaurante de “fanatismo”. “No menu do restaurante Red Hen em Lexington ou há pratos de ódio ou aperitivos que são pequenos pratos para mentes pequenas”, escreveu.

O caso tornou-se mediático e vários foram os utilizadores que foram ao Facebook do restaurante comentar o gesto. Só que muitos deles foram à página do restaurante errado, o que levou o restaurante italiano The Red Hen, em Washington DC, ter de esclarecer que não foi naquele restaurante que o episódio aconteceu — mas sim num restaurante com o mesmo nome, na Virginia.

O incidente ocorreu apenas dias depois de a secretária de segurança interna, Kirstjen Nielsen, ter sido vaiada num restaurante mexicano, em Washington DC. Ambos os casos surgem numa altura em que a política de imigração de Donald Trump está debaixo de fogo devido aos relatos dos últimos dias de crianças separadas dos pais e confinadas em centros de detenção.