O novo chefe de gabinete do primeiro-ministro, que assumiu funções no início de outubro, foi representante legal da empresa SIRESP, SA nas negociações que o Estado manteve com a empresa que gere a rede nacional de comunicações de emergência e segurança, avança o Público.

Antes de chegar a São Bento, Francisco André representou a empresa em várias negociações e decisões como sócio da sociedade de advogados AM & Associados. Aliás, o novo chefe de gabinete de António Costa assumia essa representação em colaboração com António Mendonça Mendes, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Quando o colega integrou o Governo, Francisco André assumiu sozinho essa responsabilidade.

O caso passou, entretanto, para outra sociedade: a J. A. Pinto Ribeiro & Associados, no momento em que as duas entidades se fundiram. E, durante três meses, Francisco André continuou com as negociações a seu cargo, precisamente até suspender a sua atividade como advogado para integrar o Governo no gabinete do primeiro-ministro.

É essa a informação que o Executivo dá ao Público: Francisco André cessou “a sua atividade profissional como advogado no dia 18 de setembro de 2018, data em que requereu a suspensão da sua inscrição como advogado junto da Ordem dos Advogados, cessando também a partir dessa data qualquer intervenção profissional junto dos clientes da sociedade de advogados onde exercia a sua profissão, na qual deixou de ter qualquer participação social ou vínculo”.

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