“Não acredito por um segundo que o rei Salman, o guardião dos Lugares Santos, tenha ordenado o assassinato de Khashoggi”, afirma Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia. O líder do país onde o jornalista Jamal Khashoggi foi assassinado, publicou esta sexta-feira um artigo de opinião no The Washigton Post a falar sobre o polémico caso que tem afetado a diplomacia internacional.

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Erdogan afirma no mesmo artigo que a Turquia, que tem liderado as investigações sobre o caso, sabe que os homens que mataram o jornalista opositor do regime saudita estão entre os 18 suspeitos detido pela Arábia Saudita. “Sabemos que estes homens vieram [à Turquia] para cumprir uma ordem: matar Khashoggi”, escreve Erdogan.

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Contudo, apesar de defender o líder do país, Erdogan afirmar saber que “a ordem para matar Khashoggi veio dos mais altos níveis do governo da Arábia Saudita”. Erdogan afirma que vai continuar com a investigação que não vai deixar que este problema seja esquecido.

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“Um mês depois do assassinato, ainda não sabemos onde está o corpo de Khashoggi. No mínimo, merece um enterro digno na linha com os costume islâmicos”, afirma o líder turco. “Devemos isso à sua família e amigos, incluindo os antigos colegas do The Post, para lhes dar uma oportunidade de dizerem adeus e prestarem uma última homenagem a este homem”.

O presidente da Turquia enfatiza ainda no artigo de opinião as boas relações que o seu país tem com a Arábia Saudita, mas fala também da Turquia como um dos membros da NATO e deixa o aviso: “Ninguém deve atrever-se a cometer este tipo de atos em solo de um aliado da NATO outra vez. Quem ignorar este aviso, vai enfrentar consequências severas”.